O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta segunda-feira (29/11) que a nova variante da covid-19 identificada primeiramente na África do Sul, a ômicron, não é uma variante de “desespero”. Segundo o ministro, a nova cepa não será diferente das outras já identificadas e, em caso de uma nova onda de coronavírus no Brasil, o país já tem melhores condições de atendimento à população.
“Há três dias foi anunciada uma nova variante, a variante ômicron. Eu falei, é uma variante de preocupação, mas não é uma variante de desespero. Não é uma variante de desespero porque nós temos autoridades sanitárias comprometidas com a assistência de qualidade a nossa população”, disse Queiroga, durante solenidade para compra de 100 milhões de doses da Pfizer para 2022, em Salvador.
Queiroga ainda destacou o preparo do sistema de saúde em relação à doença. "Nós reforçamos a capacidade dos nossos hospitais. O governo Bolsonaro praticamente duplicou o número de leitos de UTI. [...] Hoje, se houver uma eventual terceira onda, teremos uma condição muito melhor de assistir a nossa população", completou.
O ministro comentou que chegou a conversar com Tedros Adhanom, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), sobre os riscos da ômicron e que não vê chances de “retrocessos” ou piora em relação às primeiras ondas da doença no país.
"Não achamos que vai ser diferente das outras variantes. A resposta é a vacinação. Temos um sistema de saúde capaz de dar as respostas no caso de uma variante dessa ter uma letalidade maior", declarou.
Risco elevado
Mais cedo, a OMS divulgou um documento técnico com conselhos às autoridades para tentar frear o avanço da variante e advertiu que a nova cepa representa um "risco muito elevado" para o planeta. Segundo a organização, a probabilidade de que a ômicron se propague pelo mundo é elevada.
*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro