Não basta ser competente. É preciso ter coragem de inovar, de buscar soluções diferenciadas, de trilhar outros caminhos para romper limites e alcançar resultados inéditos. Essa pode ser a característica comum dos vencedores dos projetos premiados pela Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI).
Empenhados no desafio de agregar a tecnologia à produção agrícola, profissionais de diversas áreas abriram novas fronteiras no campo. E os resultados são mensuráveis: menor consumo de energia, menos poluição, maior produtividade.
Oito das iniciativas premiadas pela ABDI foram apresentadas no seminário Agro 4.0, realizado na sede do Correio. Os convidados enumeraram as vantagens de recorrer a técnicas avançadas de cultivo, como o uso de robótica na produção do café, ou o monitoramento por satélite da piscicultura.
O impacto, segundo relataram os convidados, é fascinante. Felipe Sousa, gerente de produção de uma fazenda cafeeira no Rio de Janeiro, testemunhou a transformação no trabalho após a chegada de um robô. "Apesar de muitos agricultores estarem acostumados com métodos tradicionais de cultivo, existe uma abertura de novas tecnologias. E isso é um caminho sem volta", avisou.
Tiago Albertini, CEO da @Tech, empresa que desenvolveu um projeto de inteligência artificial para identificar o melhor momento de venda do gado de corte, ressalta o ciclo virtuoso que se formou entre tecnologia e agronegócio. "O produtor faz parte desse processo porque a tecnologia acaba melhorando o uso de recursos naturais. Isso é fundamental para as futuras gerações", ressaltou.