No último domingo (21/11) , durante o primeiro dia de provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), um acidente fez com que a candidata Sofia Monteiro, de 18 anos, fosse desclassificada. O celular da jovem disparou enquanto ela fazia a avaliação.
Esta foi a primeira vez que Sofia fez a prova do Enem. Ao chegar na sala, em uma universidade particular de Teresina, ela colocou seus objetos pessoais no envelope plástico que é entregue aos candidatos e o lacrou. Foi apenas depois de lacrar a sacola que ela percebeu que poderia ter um alarme ativado dentro do celular.
Um pouco antes da prova começar ela chegou a questionar os fiscais de prova se poderia conferir o aparelho celular, mas o não foi liberado. O alarme estava ativado para as 14h45 e quando o barulho surgiu na sala de aula uma das aplicadoras da prova perguntou de quem era o aparelho. Sofia respondeu que era dela, se levantou e abriu a sacola. Em seguida ela foi retirada da sala e avisada sobre a sua eliminação.
Após o ocorrido, Sofia resolveu gravar um vídeo para o Tik Tok contando o acontecido. No momento da publicação desta matéria, o vídeo já passa de 600 mil curtidas e está perto de 3 milhões de visualizações.
"Gente, quem quiser me assaltar, eu estou aqui na Uninovafapi. Acabei de ser expulsa no Enem porque meu celular tocou para tocar alarme, sendo que eu tinha desligado aquela bosta, coloquei nesse saquinho aqui e falei 'moça eu acho que ele vai tocar porque, às vezes, ele liga para tocar alarme né'. Mas não dava para fazer nada, porque eu já tinha posto nisso aqui e já ia começar a prova", narrou ela.
@sofiamonteiro555 #enem #enem2021 som original - sofi
Ela contou ao G1 que fez o vídeo porque estava esperando os amigos saírem da prova e achou que mais pessoas iam se identificar e ficar surpresas com o que ocorreu com ela.
Pai diz estar chateado com a situação
O bancário Maurício Scabello, pai de Sofia, se pronunciou sobre o caso. Ao G1 ele disse que ficou chateado porque ela havia se preparado. Além disso, ele acredita que a situação acabou atrapalhando o rendimento dos demais candidatos. "É o primeiro vestibular da minha filha. Fiquei chateado porque ela se preparou. Eu achei que, realmente, se a intenção de se colocar o aparelho celular dentro de um saquinho justamente para não atrapalhar, tudo que foi proposto foi por água a baixo. Minha filha avisou que ia tocar o alarme, ia atrapalhar a classe e, de fato, atrapalhou muito, porque teve que interromper uma prova para que ela pudesse sair da classe”, afirmou Maurício.
"Eu achei que teriam outros jeitos de lidar com a situação porque, já sabendo que ia tocar o meu alarme, ela [a fiscal] não fez nada. Com outras pessoas, os fiscais levaram para outra sala, ou o fiscal deixou rasgar o saquinho e deu outro para a pessoa botar o celular, então, eu acho que foi uma situação mal lidada”, contou.