Na última quinta-feira (18/11), um acidente marcou a vida do promotor de vendas Rômulo do Carmo, de 37 anos. Por pouco o homem não foi engolido por uma onda de lama que invadiu sua casa. O momento foi todo captado por câmeras de segurança e impressiona internautas nas redes sociais.
O caso ocorreu na cidade de Anápolis, interior de Goiás, que passa por períodos de longas precipitações. Segundo relatos de Carmo ao portal Uol, o muro do vizinho teria represado cerca de 1,7 metros de água com lama, que se rompeu e liberou a força dos resíduos sobre sua residência.
“Ele (o vizinho) comprou o lote, derrubou o muro, rebaixou a calçada abaixo do nível da rua e colocou terra para fazer tipo um aterramento na frente. Com a chuva, essa terra desceu em forma de lama e tapou a vazão da água", contou.
O homem ainda deu mais detalhes sobre o momento: “Na hora que eu vi, minha esposa gritou lá no fundo 'a parede tá abrindo'. Fui perto da parede e peguei no trincado. Eu estava em ligação com o dono do lote. [...] Desci rapidamente e me escondi atrás da casinha do cachorro. Se não tivesse casinha do cachorro eu tinha morrido na hora. A parede foi arrancada como se fosse papel. Eu segurei uma viga na área e foi como se fosse uma onda do mar me levando".
Carmo alega grandes danos após a onda de lama invadir sua residência e formalizou uma denúncia contra o proprietário do lote vizinho junto a Polícia Civil do estado.
O portal Uol também ouviu a versão do vizinho. Segundo o engenheiro civil, não existiam obras no seu lote, ele apenas teria realizado uma limpeza do local. O homem ainda pontuou que as chuvas causaram problemas em outros pontos da região.
O vizinho ainda disse que tentou falar com Rômulo, mas o resultado não foi positivo: “Ele fala que eu não tomei providências. Tenho áudios dele conversando comigo. Eu tentei procurar, ele foi arrogante, não quis conversar comigo, eu saí de perto. Deixei ele tomar qualquer providência que ele quisesse tomar [...] No outro dia, ele foi super arrogante comigo. Eu entendo o lado da pessoa; teve a casa invadida por água. Mas eu fui conversar com ele, ele não quis. Queria apenas que eu pagasse tudo, me cobrando mais de 150 mil reais. Eu falei que um dia que ele estivesse mais tranquilo a gente conversava".