O Ministério da Saúde anunciou, ontem, a ampliação da aplicação da dose de reforço da vacina contra a covid-19 para toda população adulta do país. A nova orientação é de que pessoas com 18 anos ou mais procurem um posto de saúde para tomar a injeção adicional cinco meses após a aplicação da segunda do imunizante contra o novo coronavírus.
Anteriormente, o reforço era recomendado apenas para idosos com mais de 60 anos, pessoas imunossuprimidas e profissionais de saúde e deveria ser aplicado seis meses após a conclusão do esquema vacinal. “Agora, graças às informações que temos dos estudos científicos, decidimos ampliar o reforço para todos aqueles acima de 18 anos que tenham tomado a segunda dose há mais de cinco meses. Temos vacinas suficientes para garantir que cheguem a todas as unidades básicas de saúde do Brasil”, disse, ontem, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
Ao todo, 10,7 milhões de doses de reforço contra o coronavírus foram aplicadas. Nesse momento, segundo a pasta, há 12.471.432 de pessoas aptas a receberem a adicional. Segundo a secretária especial de enfrentamento à covid-19, Rosana Leite, ainda não há estudos para determinar a necessidade do reforço na população com menos de 18 anos.
A indicação da pasta é de que a dose adicional seja, preferencialmente, feita com uma vacina diferente daquela recebida anteriormente. “Temos dados que embasam isso e mostram que o imunizante com a tecnologia do mRNA é o mais adequado. Então, a adicional de reforço é feita com a vacina Cominarty (da Pfizer)”, ressaltou o ministro.
Questionado sobre qual vacina uma pessoa que tomou as duas doses do imunizante da Pfizer deve receber, Queiroga disse que ainda não há dados sobre qual deve ser utilizada para o reforço. Mas como esse imunizante só começou a ser aplicado no Brasil em abril, ainda não há pessoas com esquema vacinal completo aptas para tomarem a terceira dose.
Quem se vacinou com o imunizante de dose única da Janssen receberá orientações diferentes. Isso porque, em um primeiro momento, era necessário apenas uma dose da vacina, mas, diante de novos estudos, segundo o ministro, é necessária uma segunda.
“Esses que tomaram a Janssen vão tomar a segunda dose da mesma vacina e, lá na frente, após cinco meses, receberão uma dose de reforço, preferencialmente com uma vacina diferente”, afirmou Queiroga. O tempo de intervalo entre a primeira e a segunda dose da Janssen será de dois meses.