A Polícia Civil de Minas Gerais, delegacia de Governador Valadares, investiga as denúncias feitas contra uma advogada que teria passado uma serra, tipo segueta, usada para serrar ferro, a um detento do presídio de Valadares. O fato ocorreu na última sexta-feira (12/11) e a 43ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-GV) acompanha o caso.
O registro policial informa que a advogada foi flagrada por um policial penal tentando passar, pela grade das baias do parlatório, uma serra tipo segueta para um preso, que é cliente dela.
O policial penal que, ao assumir plantão na sexta-feira (12/11), foi escalado para ocupar um posto do parlatório. Depois de receber a escala, realizou uma revista estrutural no ambiente e não detectou nenhuma alteração. E que fez outras vistorias, sempre que era encerrado um atendimento.
Quando chegou a vez da advogada atender seus clientes no parlatório, o policial penal que denunciou a advogada disse que a viu em atitude suspeita. Ela estava debruçada sobre a bancada da última baia do parlatório, manuseando um objeto e o empurrando entre as frestas da tela que separa os advogados dos detentos.
O policial penal contou também que, ao abordar a advogada, perguntou o que ela estava tentando passar pela fresta, e ela ficou sem palavras. O objeto foi deixado na fresta. O policial recolheu o objeto e viu que era uma cegueta.
Sem saída, a advogada alegou que a serra estava envolvida em fita crepe e, por não saber o que seria o objeto, ela o puxou para retirar da grade da tela. A direção do presídio comunicou o fato à OAB-GV, que designou um advogado para acompanhar a ocorrência.
Situação se complicou com celulares
Após o ocorrido, a advogada ficou sob custódia das policiais penais da unidade, na sala da OAB. Mas, passados alguns momentos, ela solicitou às policiais penais permissão para ir ao banheiro. As duas policiais, antes de permitir o uso do banheiro, foram até lá e fizeram uma revista rigorosa no ambiente e não encontraram nada.
Não constatando alteração, autorizaram a advogada a usar o banheiro. Quando a advogada saiu, as policiais fizeram nova revista e encontraram dois aparelhos celulares smartphones da marca Samsung, escondidos dentro de um desentupidor de água.
Quando chegou à unidade prisional, a advogada passou pelo portal detector de metais que fica localizado em frente a porta de entrada, que emitiu um sinal sonoro. Uma policial penal pediu que ela passasse novamente, e mais uma vez o sinal sonoro foi emitido.
A advogada informou que teria no ombro direito três pinos de platina devido a uma cirurgia, mostrando a cicatriz para a polícia penal. Levantou também sua blusa até a linha do umbigo para mostrar que não estaria com nada debaixo da blusa.
A advogada foi levada à Delegacia de Polícia Civil, ouvida e liberada. O caso está sob investigação.
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