Robson Braga de Andrade, presidente da Confederação Nacional de Indústrias (CNI), que coordena o Expo Dubai 2021, em Dubai, prevê que os Emirados Árabes podem ser os novos parceiros comerciais do Brasil.
O evento, que contou com a presença do ex-presidente Michel Temer, é estratégico para prospectar os Emirados Árabes com o empresariado brasileiro na infinidade de negócios com os quais podem realizar. Para isso, foram levados mais de 300 empresários e executivos, de 230 indústrias e organizações brasileiras ao evento.
Robson acredita que o retorno da economia pós-pandemia exigirá mais “ousadia” na construção de novas parcerias de negócios e “criatividade” em soluções para um mundo predominantemente digital.
Portanto, a iniciativa é um primeiro passo para proporcionar troca de experiências e conhecimentos ao fortalecer a relação entre os países que deverão encontrar pontos em comum nas negociações.
“Os governos deverão estar comprometidos com a facilitação do ambiente de negócios, garantia de segurança jurídica nas operações comerciais e de investimento e uma visão estratégica de longo prazo para estabelecer redes”, disse.
Pequenas empresas
Carlos Melles, presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), enxerga uma abertura no mercado árabe para o segmento de micro e pequenas empresas do Brasil.
“Há muita oportunidade para os pequenos negócios por aqui, pois estamos inseridos em diversas cadeias produtivas. O pequeno negócio tem um papel de encadeamento muito importante”, comentou.
O executivo disse também que o mundo árabe funciona “como um grande hub de distribuição de produtos” e que a Câmara dos Deputados oferece condições técnicas para que os empresários do Brasil sigam com o conhecimento e relacionamento junto aos países do Oriente Médio.“Da nossa parte, já estamos encorajando as empresas árabes a fazer negócio com os brasileiros”, informou.