A Polícia Civil de Minas Gerais ainda não conseguiu imagens da queda do avião que causou a morte da cantora sertaneja Marília Mendonça e de outras quatro pessoas, no último dia 5, em Caratinga, interior do estado. De acordo com o delegado regional Ivan Lopes Sales, os peritos já realizaram buscas em câmeras de segurança instaladas próximas ao local, mas nenhuma delas continha registros do acidente.
Próximo à cachoeira onde o avião caiu, existe um condomínio com residências equipadas com câmeras, mas elas não estavam voltadas para o ponto em que se deu o acidente.
As imagens ajudariam a polícia a entender a dinâmica dos fatos. O que se sabe por testemunhas e pela perícia preliminar é que o avião teria se chocado contra o cabo de um linhão de transmissão de energia e perdido um dos motores, ficando descontrolado depois disso. Ainda não se sabe, no entanto, por que o bimotor voava em altitude mais baixa que a necessária para transpor o obstáculo.
Conforme a Polícia Civil, a fuselagem do King Air acidentado já foi levada para a sede do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Seripa III) no Rio de Janeiro para a perícia de peças e componentes. Houve, no entanto, uma mudança em relação aos dois motores da aeronave, que seriam enviados para análise por uma subsidiária do fabricante, em Sorocaba (SP).
O comando da Aeronáutica optou pelo envio dos propulsores para o Centro de Serviços Aeronáuticos (CSA), em Goiânia, onde os peritos do Seripa consideraram haver estrutura para a inspeção. O transporte começou a ser feito ontem.