O Brasil caiu oito posições em um ranking internacional que monitora como está o combate que as nações fazem às mudanças climáticas. Segundo os dados do Climate Change Performance Index, o país agora ocupa o 33º lugar, de um total de 63 Estados mais a União Europeia.
De acordo com a publicação, o Brasil não adotou políticas climáticas efetivas no último ano, apesar de apresentar um alto índice positivo por usar energia renovável. Ainda na análise, o Climate Change salienta que o país anunciou uma meta de longo prazo de atingir a neutralidade de emissões até 2050, mas não há políticas concretas sendo implementadas para atingir esse objetivo.
A queda no ranking reforçou o pedido de ajuda financeira que o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, fez ao participar, ontem, da COP26 — que se realiza em Glasgow, Escócia. Ele considerou insuficientes os US$ 100 bilhões/ano que os países ricos disponibilizarão para que nações em desenvolvimento apliquem em ações contra as mudanças climáticas.
"Precisamos de mais do que os US$ 100 bilhões por ano. Saiu um estudo esses dias de um banco que já fala em US$ 5 trilhões por ano", disse o ministro.
Leite avaliou a primeira semana de participação na COP26 como positiva. "Estamos conseguindo fazer negociações importantes pelos interesses nacionais, principalmente em relação ao financiamento de clima", salientou.
*Estagiária sob a supervisão de Fabio Grecchi