INCLUSÃO SOCIAL

Iniciativa brasileira é selecionada pelo Google para Desafio de Impacto para Meninas

Startup Reprograma tem como intuito o ensino de programação para meninas e mulheres negras e transgêneros

A Startup brasileira {Reprograma} foi uma das selecionadas pelo Google.org, braço filantrópico do Google, para integrar o Desafio de Impacto do Google.org para Mulheres e Meninas. As 33 iniciativas selecionadas pelo mundo foram anunciadas nesta segunda-feira (8/11).  Ao todo, US$ 25 milhões (R$ 139 milhões) serão distribuídos para a execução de projetos que promovem o empoderamento de mulheres e meninas no mundo todo. Cada projeto selecionado receberá entre US$ 300 mil e US$ 2 milhões, uma mentoria e outras formas de apoio do Google.

O reprograma é um projeto de ensino de programação para mulheres. Mês passado, a startup ganhou prêmio da Unesco pela educação de meninas e mulheres. A iniciativa começou em 2016, em São Paulo, com aulas gratuitas para ensinar programação para meninas e mulheres de baixa renda. O público prioritário é a população negra e transgênero.  Desde lá, foram 23 turmas realizadas com a participação de 700 mulheres. 

A importância do projeto se mostra nos números: apenas 13% dos alunos de ciência da computação são mulheres, de acordo com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). De acordo com pesquisa feita pela consultoria Thoughtworks, as mulheres só representam 31,7% dos cargos de TI no Brasil. 

Com o prêmio, a startup pretende avançar pelo Brasil com um programa com foco em JavaScript e Python. A ideia também é lançar o programa Train the Trainers para preparar ex-alunas e mulheres da comunidade de TI com as habilidades e o conhecimento necessários para ensinarem outras mulheres do Brasil de forma mais eficaz. 

Neste ano, o Desafio de Impacto recebeu quase 8 mil inscrições. A seleção foi feita por um painel de especialistas de mulheres, que inclui a atriz Taís Araújo, a Ministra da Cultura de Portugal, Graça Fonseca, a cantora e filantropista Shakira, e a CEO da YouTube, Susan Wojcicki. Elas avaliaram critétios como potencial de impacto, a capacidade de inovação, a viabilidade e a possibilidade de crescimento da ideia. 

Além da iniciativa brasileira, foram selecionados projetos do Canadá, México, Argentina, Colômbia, Estados Unidos, França, Alemanha, Espanha, Quênia, Nigéria, África do Sul, Jordânia, Ruanda, Austrália, Índia, Japão, Coréia do Sul e Indonésia. 

Veja todas as iniciativas selecionadas 

{reprograma} (Brasil)

Liard Aboriginal Women's Society (LAWS) (Canadá)

International Youth Foundation (México)

Incluyeme.com Inc (Argentina)

Asociación Colnodo (Colômbia)

Girls Inc. of New York City (EUA)

Eva Longoria Foundation (EUA)

Black Girls CODE (EUA)

Start Small Think Big, Inc. (EUA)

Montana Technology Enterprise Center (EUA)

TransTech Social Enterprises (EUA)

Force Femmes (França)

Social Builder (França)

Tech in Colour (Alemanha)

Social-Bee gGmbH (Alemanha)

Asociación Factoría F5 (Espanha)

The Action Foundation (Quênia)

RefuSHE (Quênia)

BuildHer (Quênia)

Women’s World Banking, Inc. (Nigéria)

ImpactHer Foundation (Nigéria)

The Q Network (África do Sul)

Dream Factory Foundation (África do Sul)

IDare for Sustainable Development (Jordânia)

Project Akilah (Ruanda)

Generation Australia (Austrália)

First Australians Capital (Austrália)

SwaTaleem Foundation (Índia)

Collective Good Foundation (Índia)

Pratham Education Foundation (Índia)

Waffle (Japão)

Nobel (Japão)

The Bridge International (Coreia do Sul)

The Asia Foundation (Indonésia)

Saiba Mais