Investigação

Grupo suspeito de vender carne de cavalo a restaurantes é preso no RS

Perícia detectou presença de DNA de equinos em carnes vendidas para hamburguerias em Caxias do Sul.

Luísa Mariana Moura*
postado em 18/11/2021 10:51
 (crédito: Tiago Novo Coutinho/ Divulgação MPRS)
(crédito: Tiago Novo Coutinho/ Divulgação MPRS)

 

Operação Hipo do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) desarticulou, nesta quinta-feira (18/1), um esquema de venda clandestina de carne de cavalo que era vendida como carne bovina para hamburguerias da serra gaúcha. Foram cumpridos seis mandados de prisão preventiva. Além disso, são cumpridos 15 mandados de busca e apreensão na cidade. De acordo com o MP, o grupo não possui autorização para o abate e a comercialização de nenhum tipo de carne, com isso as atividades de armazenamento e comercialização ocorriam sem qualquer fiscalização.

A operação é coordenada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MP, que investiga o caso há dois meses.

Através de conversas interceptadas com autorização da Justiça, foi detectado que o grupo investigado distribuía a carne para estabelecimentos da cidade, em forma de hambúrgueres e bifes provenientes do abate clandestino.

A confirmação do uso da carne de equino veio através da perícia realizada nos estabelecimentos de Caxias do sul. Exames apontaram DNA de cavalo em lanches, misturados com DNA de outros animais, como peru e suíno. O coordenador do Gaeco - Segurança Alimentar, promotor de Justiça Alcindo Luz Bastos da Silva Filho informou que o grupo distribuía em torno de 800 kg semanais.


Os resultados da operação ainda serão apresentados em entrevista coletiva, na sede do MP em Caxias do Sul, pelo coordenador do Gaeco – Segurança Alimentar, Alcindo Luz Bastos da Silva Filho. Também estarão presentes representantes da Secretaria Estadual da Saúde e da Secretaria Estadual da Agricultura, que também participam da operação, que conta com o apoio da Brigada Militar.

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