ENEM 2021

Presidente do Inep garante Enem e Enade mesmo após demissão em massa

Apesar da crise institucional ocasionada pela demissão em massa de 33 servidores e de dois coordenadores estratégicos para os exames, Danilo Dupas disse que provas já estão prontas. Nesta quarta-feira (10/11), ele afirmou à Comissão de Educação da Câmara que confia na experiência do Inep para distribuição nacional das avaliações

Tainá Andrade
postado em 10/11/2021 15:21
 (crédito: Reprodução/Inep)
(crédito: Reprodução/Inep)

Em participação na Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, Danilo Dupas, presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), afirmou que o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) — programado para os dias 21 e 28 deste mês — e o Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade) serão mantidos. “Reforço que as aplicações estão garantidas”, declarou.

Dupas disse, ainda, que o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), já em andamento, ocorrerá normalmente até o dia 10 de dezembro.

Apesar da crise enfrentada pelo instituto, com a demissão em massa de 33 servidores e de dois coordenadores estratégicos para os exames, o presidente tranquilizou os estudantes informando que as provas já estão prontas. De acordo com ele, elas estão armazenadas com segurança e, a partir de agora, só precisam ser entregues nos estados e nos locais de prova.

Dupas reforçou que o Inep tem "expertise" em aplicar avaliações sendo responsável pelo processo do Enem há mais de 20 anos e que, portanto, as demissões não impactarão a realização da prova. Apesar de terem pedido para sair, os funcionários seguem em suas funções até a publicação oficial no Diário Oficial da União. "Todos os funcionários se desligaram do cargo, mas não do Inep e, até sair a demissão, deverão continuar a trabalhar para que os exames sejam realizados. Todos os exames estão garantidos neste ano de 2021", disse.

Reunião

O presidente terá uma reunião com a Associação dos Funcionários do Inep (Assinep), nesta quarta-feira, às 17h, para discutir sobre as denúncias de assédio moral e as demissões, já que, até a publicação oficial, a exoneração fica a critério da direção do instituto. Ele foi criticado pelos deputados da comissão na Câmara, principalmente pela insegurança que o episódio gerou internamente, consequentemente impactando a realização do Enem.

Sem detalhar as denúncias, Dupas declarou na comissão que “não compactuamos e repudiamos qualquer ato que se enquadre como assédio moral. Estamos abrindo o diálogo com a associação a respeito disso".

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