COP26

US$ 100 bi é insuficiente para reverter estrago, diz ministro do Meio Ambiente

Joaquim Leite afirmou, ainda, que outros países precisam seguir o exemplo dado pelo Brasil quando o assunto é meio ambiente, e avaliou a primeira semana de participação na conferência em Gasglow, na Escócia, como positiva

Gabriela Chabalgoity*
postado em 09/11/2021 18:16 / atualizado em 09/11/2021 18:17
 (crédito: Isac Nobrega/PR)
(crédito: Isac Nobrega/PR)

Na sua primeira participação na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP26), o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, afirmou que a “emergência é financeira”. Segundo ele, o compromisso dos países ricos de disponibilizar US$ 100 bilhões por ano para que países em desenvolvimento possam aplicar em ações de menor impacto sobre as mudanças climáticas é uma quantia pequena a ser voltada para esse fim.

Ficou decidido, no Acordo de Paris de 2015, que os países ricos iam mobilizar a quantia anualmente para conter as mudanças climáticas, mas a medida não foi efetivada. “Precisamos mais do que os US$ 100 bilhões por ano. Saiu um estudo esses dias, de um banco, que já fala em US$ 5 trilhões por ano, tanto público quanto privado”, disse o ministro.

Joaquim Leite afirmou, ainda, que outros países precisam seguir o exemplo dado pelo Brasil quando o assunto é meio ambiente, e avaliou a primeira semana de participação na conferência em Gasglow, na Escócia, como positiva. “Os países ricos têm que contribuir efetivamente com recursos e os países mais poluidores também têm que aderir a todas as políticas que o Brasil já tem internamente, e que estão refletidas nos movimentos que a gente fez esta semana”, comentou.

“Estamos conseguindo fazer negociações importantes pelos interesses nacionais, principalmente em relação ao financiamento de clima”, acrescentou.

Economia verde

Ainda no discurso de Joaquim, ele afirmou que a solução para uma nova economia verde neutra em emissões está no incentivo, no empreendedorismo, no juro verde, que é o que faz com que o projeto fique de pé. Lembrou, também, que algumas regiões do Brasil precisam de muito apoio para transformar uso de combustível fóssil em energia limpa.

Segundo ele, “o governo federal entende que o futuro é verde”, mas Joaquim leite acredita que “o presente do Brasil já é verde também”. Além disso, na visão do ministro, um dos desafios do país é tentar remunerar o Estado que preserva mais, como uma atividade vai gerar riqueza no território, como na Caatinga e na Amazônia.

“O Brasil tem mais de 60% do território preservado com floresta nativa e a gente tem que gerar o emprego e a renda de quem preserva a floresta nativa”, ressaltou. 

*Estagiária sob a supervisão de Andreia Castro

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