Os Estados Unidos reabriram, ontem (8/11), suas fronteiras terrestres e aéreas a estrangeiros vacinados contra a covid-19, o que inclui os brasileiros que tenham recebido as duas doses ou a a injeção única da Janssen. Dessa forma, o governo de Washington põe fim a 20 meses de restrições devido à pandemia.
A confirmação foi feita pelo porta-voz da Casa Branca, Kevin Muñoz, na manhã de ontem. "A nova política de viagens dos EUA, que exige vacinação para viajantes estrangeiros nos Estados Unidos, começará em 8 de novembro. Este anúncio e esta data se aplicam a viagens aéreas internacionais e terrestres. Essa política é pautada pela saúde pública, rigorosa e consistente (em tradução livre)", escreveu ele, no perfil do Twitter.
O governo dos EUA aceita a entrada de visitantes internacionais que tenham tomado vacinas contra a covid-19 aprovadas pela Organização Mundial da Saúde ou pela FDA — Food and Drug Administration, entidade reguladora norte-americana equivalente à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Brasil.
Mas, para entrar nos EUA, não basta estar totalmente imunizado. É preciso apresentar o comprovante de vacinação e um teste negativo de covid-19 feito até três dias antes do embarque. Menores de 18 anos estão liberados para entrar, mas quem tem entre dois e 17 anos também tem de apresentar um teste negativo.
Também ontem, os consulados norte-americanos voltam a emitir vistos para brasileiros. O retorno do serviço também vale para quem precisa renovar o documento. Isso porque, desde maio do ano passado, a emissão de permissões de entrada nos EUA ocorria apenas com vagas limitadas, com prioridade para pessoas em situação de emergência — como para quem ia ao funeral de parentes, para tratamento médico e ainda os vistos estudantis).
A liberação dos brasileiros se deu em razão do ritmo de vacinação no Brasil que, atualmente, ultrapassa alguns dos dados dos próprios Estados Unidos. Por exemplo, a primeira dose já foi aplicada em cerca de 72% dos brasileiros, contra 65% dos norte-americanos.
Ainda assim, o esquema vacinal completo é maior nos EUA, com 58% da população imunizada. No Brasil, a média está próxima de 50%.
Em nota, a Embaixada dos EUA no Brasil informou que "aguarda mais detalhes sobre os procedimentos a serem adotados. À medida que forem disponibilizadas, vamos comunicar aos cidadãos brasileiros e norte-americanos".
Confira as exigências
Ainda que os norte-americanos tenham liberado a entrada de brasileiros, a exigência do visto específico para a entrada no país é necessária. Portanto, é preciso pedir o carimbo no passaporte às representações diplomáticas dos EUA no Brasil.
Esquema vacinal completo com 15 dias ou mais da segunda dose da vacina contra a covid-19. Nenhum brasileiro com apenas uma dose entrará nos EUA. Além disso, é preciso comprovar a imunização com carteirinha emitida por órgão competente.
As vacinas aceitas são aquelas aprovadas ou autorizadas pela FDA e integrantes da Lista de Uso de Emergência da Organização Mundial da Saúde, que inclui a Coronavac. A lista completa pode ser acessada aqui.
Teste PCR negativo. No momento do check-in nos EUA, é preciso estar com o teste negativo, feito no máximo três dias antes da viagem. Ainda que totalmente vacinados, sem o teste ou com o resultado positivo, não se entra no país.
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