Mais de um ano após o início da pandemia e das dezenas de declarações contra a vacina e a comunidade científica, Jair Bolsonaro (sem partido) concedeu a ele mesmo a Medalha de Ordem Nacional do Mérito Científico.
Uma das mais altas honrarias concedidas pelo poder público a personalidades, nacionais e estrangeiras, a medalha tradicionalmente é destinada a pessoas que contribuíram para o desenvolvimento da ciência, tecnologia e inovação no Brasil.
A auto-premiação de Bolsonaro, fato inédito no país, foi publicada nesta quinta-feira (4/11) no Diário Oficial. Oficializado como grão-mestre, o presidente se tornou o primeiro negacionista científico a receber a condecoração.
Foi concedido, ainda, o título de chanceler ao ministro da Ciência e Tecnologia, Marcos Pontes. A Paulo Guedes, ministro da Economia, foi oferecido um posto no Conselho de Ordem. O mesmo foi ofertado a Carlos França, ministro das Relações Exteriores, e a Milton Ribeiro, da Educação.
Esta não é a primeira vez que o presidente condecora, se não ele, a família Bolsonaro. Em julho deste ano, o líder do executivo concedeu a sua esposa, Michelle Bolsonaro, a Medalha de Mérito Oswaldo Cruz.
A honraria recebida pela primeira-dama se destina a reconhecer esforços de autoridades e personalidades que, no âmbito das atividades científicas, educacionais, culturais e administrativas relacionadas com a higiene e a saúde pública, tenham contribuído, direta ou indiretamente, para o bem-estar físico e mental da população.
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