O ministro da Economia, Paulo Guedes, voltou a reclamar nesta segunda-feira, 25, das críticas no exterior à política ambiental brasileira. O ministro repetiu que o Brasil tem o estoque de recursos naturais mais preservado do mundo. Mais uma vez, ele creditou as críticas ao Brasil a interesses políticos, e interesses comerciais protecionistas.
"Somos uma potência verde e agora vamos levar para fora o Programa de Crescimento Verde. Não é possível que o Brasil seja tratado como o vilão da poluição internacional. Quando pegamos os fluxos de poluição, o Brasil tem 1,7%, a Europa tem 15%, os Estados Unidos têm 15% e a China tem 30%. Como pode o país que menos polui ser o mais agredido internacionalmente", protestou, em cerimônia de lançamento do Plano Nacional de Crescimento Verde (PNCV), no Palácio do Planalto.
Segundo o ministro, as iniciativas do PNCV irão levar o mercado de capitais para o campo. "Todas as propriedades rurais vão ser reavaliadas, vão ter cotas e vão poder receber aportes. O pequeno capital vai estar protegido e integrado ao mercado financeiro", avaliou.
Guedes destacou a criação do Comitê Interministerial sobre Mudança do Clima e Crescimento Verde (CIMV) para integrar diversas pastas do governo e os bancos públicos nas iniciativas do PNCV. "O Brasil já é uma potência verde, já pratica governança verde. O Brasil protege biodiversidade", completou.
O chefe da Economia disse ainda que diversos ministros estrangeiros prometem apoio e reconhecimento ao Brasil na fila de acesso à OCDE. "O secretário do Tesouro americano nos agradeceu o acordo internacional de tributação e disse que apoia o Brasil na entrada à OCDE. Os secretários de Finanças do mundo pedem apoio ao Brasil em discussões sobre tributação internacional. Então acho que também devemos assumir protagonismo na economia verde", acrescentou.