Um protesto marcou a manhã de ontem, no lançamento da campanha Natal Sem Fome, na orla de Copacabana, na Zona Sul do Rio. A iniciativa, promovida pela organização não governamental Ação da Cidadania, denunciava o agravamento da fome e pedia políticas públicas para combater a insegurança alimentar.
Manifestantes empurraram carrinhos de supermercado vazios pela Avenida Atlântica, à beira-mar. Ao som de uma marcha fúnebre, centenas de pessoas participaram da ação, empunhando cartazes que lembravam a disparada nos preços dos alimentos e do gás de cozinha.
A campanha Natal Sem Fome espera arrecadar pelo menos R$ 30 milhões, para levar alimentos a 600 mil famílias de todo o país na edição de 2021. A organização calcula que cada R$ 1 doado será equivalente a um prato de comida. As doações devem ser realizadas pela internet, na página oficial do projeto (www.natalsemfome.org.br), até o fim de dezembro.
A meta é arrecadar seis mil toneladas de alimentos, que abasteceriam 2,5 milhões de pessoas em situação de fome, apontou Daniel Souza, presidente do Conselho da Ação da Cidadania.
A Ação da Cidadania, fundada em 1993 por Herbert de Souza, o Betinho, lançou a campanha Natal Sem Fome em 1994. Desde então, mais de 20 milhões de pessoas receberam alimentos através da iniciativa, informou a entidade. A campanha chegou a ser interrompida por um período de 10 anos, sendo reativada em 2017.