Comida no prato deixou de ser uma certeza e o problema da fome voltou a rondar a vida dos brasileiros. Um estudo realizado em abril deste ano pela Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar (Rede Penssam) mostrou que menos da metade dos lares no país (44,8%) têm seus moradores em situação de segurança alimentar.
Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), o problema de insegurança alimentar - grave ou moderada - afeta cerca de 50 milhões de brasileiros. O cenário de escassez acontece ao mesmo tempo em que boa parte dos alimentos é perdida, seja devido a condições inadequadas de colheita, manuseamento, armazenagem e transporte ou desperdiçada no varejo e consumo.
Em alusão ao Dia Mundial da Alimentação (#DMA2021), celebrado no dia 16 de outubro, o Congresso Nacional recebeu, na última quarta-feira (13/10), uma projeção com frases e imagens de frutas, verduras, hortaliças e leguminosas. A ação, encabeçada pela FAO, pretende chamar atenção para a urgência de transformar a maneira de consumo e produção de alimentos.
O prédio principal e as cúpulas foram iluminados com algumas das seguintes frases: "Dia Mundial da Alimentação", "Alimento para todos", "Melhor produção", "Melhor nutrição", "Melhor ambiente", "Melhor qualidade de vida", "Transformar produção, alimentação e consumo", "Agricultura sustentável" e "Sistemas alimentares inclusivos".
Para a agência ligada às Nações Unidas, as realidades opostas - do Brasil que passa fome e daquele que leva o título de maior produtor de alimentos do mundo - poderiam se aproximar.
“O combate às perdas e ao desperdício de alimentos tem efeito direto na segurança alimentar, pois ajuda a melhorar o desempenho econômico, a promover uma alimentação adequada e a preservar o meio ambiente”, afirma Daniel Balaban, representante do Programa Mundial de Alimentos (WFP), no Brasil.