Em direção oposta ao que é visto no mundo, o Brasil aumentou as emissões de gases do efeito estufa em 2020, ano em que teve início a pandemia da covid-19, em relação 2019. De acordo com o Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (SEEG), do Observatório do Clima, o país registrou um aumento de 9,5% nas emissões, provocado principalmente pela alta no desmatamento da Amazônia e do cerrado. A tendência mundial, no mesmo período, foi de queda em quase 7%.
Em toneladas, o Brasil emitiu 2,16 bilhões de toneladas de CO2 equivalente (GtCO2e), em 2020. No ano anterior, foram registrados 1,97 bilhão de toneladas. É a maior quantidade de emissões registradas no Brasil desde 2006.
Só na Amazônia, foram 782 toneladas de CO2e emitidas. Com isso, a floresta se torna uma das maiores fontes de emissão do planeta. No cerrado, foram 113 milhões de toneladas de CO2e. Se os dois biomas juntos fossem considerados um país, seria o 8º país com a maior emissão entre todos.
O Brasil é o 5º país mais poluidor em relação às emissões globais. Acima do país, a lista tem China, Estados Unidos, Rússia e Índia. A média mundial de emissões foi de 6,7 toneladas brutas, enquanto a do Brasil foi de 10,2 toneladas.
As mudanças no uso da terra, agricultura e setor de resíduos foram setores da economia que registraram alta nas emissões. O setor da energia teve queda e os processos industriais ficaram estável.
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