A 126ª Delegacia de Polícia Civil de Cabo Frio indiciou Glaidson Acácio dos Santos, o “Faraó dos bitcoins”, nesta quarta-feira (27/10), por tentativa de homicídio do concorrente Nilson Alves da Silva, de 44 anos. Ao concluir o inquérito sobre o crime, que ocorreu em março deste ano, a corporação determinou que foi Glaidson que encomendou a morte do rival.
De acordo com a Polícia Civil, a motivação do crime foi vingança após Nilson “espalhar a notícia” de que o Glaidson seria preso pela Polícia Federal (PF), em uma tentativa de conquistar os clientes do Faraó. O investidor, que está preso junto a 16 comparsas por crimes contra o sistema financeiro nacional, responderá por tentativa de homicídio, pois Nilson sobreviveu ao ataque.
O crime ocorreu em 20 de março de 2021, em Cabo Frio, na Região dos Lagos do Rio de Janeiro. A PCDF afirmou que o Faraó determinou “que um comparsa de confiança contratasse os executores do delito”, o Thiago de Paula Reis.
O homem passou a missão fatal para quatro criminosos: Rodrigo Silva Moreira, Fabio Natan do Nascimento, Chingler Lopes Lima e Rafael Marques Gonçalves Gregório. Eles utilizaram um veículo clonado para “dificultar a investigação policial”. Foi de dentro do automóvel que os criminosos, encapuzados, dispararam diversos tiros contra a BMW de luxo de Nilson, que estava parado em um sinal vermelho no bairro Braga.
A vítima foi baleada no pescoço e foi levada ao Hospital Central de Emergência (HCE), mas logo foi transferida para uma unidade hospitalar particular. Nilson chegou a passar vários dias em estado grave na unidade de terapia intensiva (UTI).
A Polícia Civil informou que dois dos acusados de assassinato, Fábio e Chingler, são responsáveis, também, pela morte de outro empresário do ramo financeiro: Wesley Pessano Santarém.
O investidor foi morto em agosto, em São Pedro da Aldeia, também na Região dos Lagos, em um ataque idêntico ao de Nilson. No entanto, Wesley, de 19 anos, não resistiu e morreu no Porshe em que estava. Todos os criminosos envolvidos nas mortes identificados até o momento estão presos. A corporação investiga se Glaidson também é responsável pelo crime.
Glaidson está preso desde agosto no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio, por fraude financeira e criação de organização criminosa. Ele lançou um esquema de pirâmide financeira, disfarçada de investimentos de bitcoins, que atraiu mais de 70 mil investidores e lucrou R$ 38 bilhões.
No entanto, a promessa de dar 10% de retorno do dinheiro investido aos clientes não se cumpriu, já que o dinheiro repassado era o de novos clientes que chegavam à empresa.
Saiba Mais
- Mundo Proposta de imposto sobre bilionários para financiar plano de Biden enfrenta resistência
- Brasil Santa Catarina passa a adotar número de RG igual ao do CPF
- Cidades DF Detran-DF é condenado por emitir carteira de habilitação com fraude
- Brasil 19 estudantes são presos por falsificar históricos escolares de medicina
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.