O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, assinou, nesta quarta-feira (27/10), um termo de compromisso com a Universidade de Oxford para celebrar a criação de uma unidade da instituição de educação inglesa no Brasil. A previsão é de que até o ano que vem esta primeira unidade da universidade nas Américas esteja instalada no país.
Segundo o ministro da Saúde, a parceria ajudará o Brasil a formar profissionais altamente qualificados para o sistema de saúde brasileiro. "Queria agradecer a oportunidade de assinar esse termo de compromisso. É um aceno para o futuro e para a formação de pesquisadores de altíssimo nível que poderão construir um sistema de saúde mais eficiente, mais sólido e com capacidade de atender no Brasil com uma qualidade cada vez melhor", disse Queiroga durante a cerimônia de assinatura realizada no Reino Unido.
O ministro ainda destacou o papel da ciência na pandemia e no futuro. "A pandemia nos ensinou muito, mas, sobretudo, ensinou que é através da ciência de qualidade que nós vamos caminhar para ajudar a população mundial a sair de situações como essa", ressaltou.
A unidade da Universidade de Oxford no Brasil está prevista para ser instalada até o ano que vem e terá cursos de mestrado, PHD e atualização para profissionais. Além disso, uma parte do centro terá como foco o desenvolvimento clínico de novos medicamentos e vacinas.
Segundo o Ministério da Saúde, o Instituto Nacional de Cardiologia (INC), no Rio de Janeiro, é um potencial candidato para sediar as atividades de pesquisa da Universidade de Oxford no Brasil.
Vacina
A Universidade de Oxford foi responsável pelo desenvolvimento e estudos clínicos da vacina contra a covid-19 da AstraZeneca. O Brasil foi um dos países onde a vacina foi testada e onde é utilizada atualmente. Ao todo, 113 milhões de doses do imunizante já foram distribuídas no país.
A vacina desenvolvida por Oxford é produzida no Brasil pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que possui um acordo de transferência de tecnologia para produzir o imunizante de forma completa em território nacional. A Fiocruz já produziu o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA), matéria-prima necessária para a produção da vacina, e enviou para testes nos Estados Unidos.
Depois do IFA produzido no Brasil ser aprovado nos EUA, o próximo passo é a submissão de um pedido de alteração de registro da vacina à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), para contemplar o novo local de fabricação do IFA.
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