Em clima de campanha para as eleições de 2022, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, acompanhou o presidente Jair Bolsonaro, nesta quinta-feira (21/10), durante a inauguração da última etapa da obra de integração do Rio São Francisco, na Paraíba, e abriu os discursos do evento com ataques aos governadores. Queiroga aproveitou para exaltar o próprio trabalho à frente do Ministério da Saúde.
"Já são mais de 320 milhões de doses de vacinas distribuídas para a nossa população. No passado, um consórcio de governadores disse que ia trazer vacinas (ao país). Quantas vacinas eles trouxeram? Nenhuma. Todas as vacinas foram trazidas pelo governo do presidente Bolsonaro, e as vacinas só tem um dono: o povo do Brasil", bradou ao público presente.
Além de atacar os governadores, que desde o início da pandemia da covid-19 demonstram insatisfação com a maneira em que o governo federal enfrentou o novo coronavírus, o ministro fez críticas ao governo do PT. "O que aconteceu antes, de 2008 a 2018, e vocês sabem quem estava à frente do governo, fecharam 40 mil leitos de hospitais em todo o Brasil. E nós, o governo Bolsonaro, o que fizemos: abrimos leitos de UTI, equipamos esses leitos com respiradores, trouxemos oxigênio, medicamentos para o kit de intubação. Para vocês terem uma ideia, tínhamos 22 mil leitos de UTI; hoje, temos 42 mil leitos", afirmou.
Ele voltou a falar na liberdade do povo brasileiro perante às políticas públicas de saúde. No entanto, não citou a vacinação contra a covid-19. O governo sempre defendeu que a vacinação não seja obrigatória, mas desde que estados e municípios passaram a adotar o passaporte da vacina como uma forma para incentivar a imunização dos brasileiros, o governo tornou o discurso ainda mais enfático na defesa da liberdade dos indivíduos.
"(O governo Bolsonaro) Tem compromisso com a liberdade, a liberdade das pessoas acessarem livremente as políticas de saúde", reforçou Queiroga.
Destacando a si próprio, o cardiologista disse que o presidente Bolsonaro chamou ele, um paraibano, para "ajudá-lo a vencer a pandemia da covid-19". "E nós estamos cumprindo a missão que o presidente nos deu. Há cerca de 7 meses, tínhamos uma média móvel de óbitos superior a 3 mil casos por dia e, hoje, cumprindo as determinações do presidente da República, nós diminuímos 90% do número de óbitos", disse.
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