Parte dos caminhoneiros ameaça cruzar os braços a partir de 1º de novembro. Aqueles que são representados pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), pelo Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) e pela Associação Brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava) asseguram que param as atividades porque o presidente Jair Bolsonaro não atendeu, segundo eles, as reivindicações da categoria. Mas outras representações da classe dizem que não vão acompanhar o movimento.
“Sou completamente contra. Não leva a lugar algum. Cada um sabe onde o calo aperta”, diz um caminhoneiro autônomo, que preferiu não se identificar. Outro que está à frente de uma associação — mas também pediu anonimato — informou que a greve “está em estudo”, mas dificilmente acontecerá.
“É por isso que o governo debocha da gente e fala que não tem medo de ameaça e que esse será mais um fracasso, como as 16 tentativas após 2018. Não se faz as coisas dessa forma. Perde-se a credibilidade”, explicou.
Mas, de acordo com o presidente do Sindicato dos Transportadores Autônomos de Carga de Ijuí-RS, Carlos Alberto Litti Dahmer, “o chamado de paralisação tem o respaldo de 1 milhão de caminhoneiros e a sociedade virá conosco”.
Entre as principais reivindicações estão: a redução do preço do diesel; a revisão da política de preços da Petrobras, conhecida como Preço de Paridade de Importação (PPI); a constitucionalidade do Piso Mínimo de Frete; o retorno da aposentadoria especial com 25 anos de contribuição ao INSS; a aprovação do novo Marco Regulatório do Transporte Rodoviário de Cargas (PLC 75/18); e a melhoria e criação de Pontos de Parada e Descanso (Lei 13.103/15).
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