PNAD CONTÍINUA

Pesquisa levantará dados de furtos e roubos não registrados pela população

Parceria entre Ministério da Justiça e Segurança Pública e IBGE permitirá identificar como anda sensação de segurança do brasileiro. Agentes farão entrevistas em 210 mil lares para a pesquisa

Correio Braziliense
postado em 16/10/2021 08:00
Palácio da Justiça, em Brasília -  (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press         )
Palácio da Justiça, em Brasília - (crédito: Minervino Júnior/CB/D.A Press )

Uma pesquisa para levantar dados de furtos e roubos não comunicados às autoridades está em andamento no país. As análises fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, que teve início no início desta semana. As informações coletadas referentes à sensação de segurança da população devem auxiliar na elaboração de políticas pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP)

A inserção do caderno "Pesquisa Nacional de Vitimização" na Pnad foi possível por meio de um acordo assinado entre o MJSP e o Instituto Brasileiro De Geografia e Estatística (IBGE), responsável pela elaboração do levantamento. Cerca de 2 mil agentes fazem as entrevistas, em 210 mil lares de todo o país. No Centro-Oeste, serão visitados, aproximadamente, 21 mil domicílios.

O acréscimo dos subtemas "Furtos e roubos" e "Sensação de segurança" tem objetivo de captar diretamente com a população informações sobre quando esses tipos de crimes não são comunicados às autoridades policiais, bem como gerar relatórios sobre exposição a riscos e a interação dos brasileiros com as forças de segurança pública.

A próxima edição da Pnad Contínua vai apresentar a "taxa obscura", cujo fim é mostrar a diferença entre o número de crimes relatados e não relatados à polícia. Além disso, permitirá traçar um perfil  socioeconômico das vítimas de furtos e roubos últimos 12 meses no Brasil e identificar o que a população tem feito em casa para se proteger da violência e da criminalidade.

As informações coletadas também permitirão elaborar indicadores mais abrangentes, para identificar, por exemplo, a existência de serviços como policiamento, iluminação pública, parques ou quadras de esporte, transporte público, bem como o grau de segurança em lugares ou horários diversos e mudanças de rotina por causa da insegurança.

Por fim, será possível mensurar o grau de confiança da população em relação às instituições encarregadas, direta ou indiretamente, da segurança pública. Ao término da coleta,haverá produção de um relatório que subsidiará o MiJSP na promoção de políticas públicas de prevenção e repressão à violência.

A Secretaria de Gestão e Ensino em Segurança Pública (Segen) do ministério é responsável por coordenar a ação, que deve ser concluída no segundo semestre de 2022.

 

 

Notícias pelo celular

Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.


Dê a sua opinião

O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação