Caminhada Alegre

Idosos dançam ao ar livre pelas ruas de BH após meses de isolamento

Grupo participa do projeto Integração Primavera, retomado nesta sexta-feira (8/10) após meses de interrupção por causa da pandemia

Estado de Minas
postado em 08/10/2021 15:12 / atualizado em 08/10/2021 21:29
Idosos caminham e dançam pelas ruas do Barro Preto embalados por hits dos anos 60, 70 e 80 -  (crédito: Edésio Ferreira/EM/D.A.Press)
Idosos caminham e dançam pelas ruas do Barro Preto embalados por hits dos anos 60, 70 e 80 - (crédito: Edésio Ferreira/EM/D.A.Press)

Nas ruas do Barro Preto, na Região Central de Belo Horizonte, o clima é de nostalgia. Ao menos para um grupo de idosos que, na manhã desta sexta-feira (8/10), roda o bairro dançando ao som de hits dos anos 60, 70 e 80.

Promovida pela produtora Pomar Cultural com recursos da Secretaria Especial de Cultura do Ministério do Turismo, a caminhada alegre marca o retorno do Projeto Integração Primavera, interrompido desde o início da pandemia.

São apenas duas voltas em torno do quarteirão do 12o Batalhão de Infantaria do Exército, animadas pelo saxofonista Roberto Bittar. Dona Dória Maria Vieira, no entanto, chegou ao local com espírito de maratonista.

"É quase um prêmio poder caminhar livremente, ver gente e interagir com as pessoas depois de tanto tempo de clausura por causa da COVID-19! A pandemia judiou muito dos idosos, então estou muito feliz com essa dancinha, sabe?", brinca a idosa de 75 anos.

A aposentada Haidee Gomes, de 62, é tímida, mas diz que, hoje, arriscou alguns passos de dança nas 'pistas' do Barro Preto. "Temos que comemorar! É um respiro depois de tantas tragédias, tanta tristeza, tanta melancolia", celebra a senhora.

Quem não quiser ou não se sentir apto a completar o trajeto, pode ficar no local apenas para apreciar a música. O único compromisso dos idosos é com o próprio bem-estar.

“É uma oportunidade para os idosos saírem de casa, e não existe a obrigação de completar o percurso, que será um grande passeio. Quem quiser participar só do aquecimento também pode! O que queremos é proporcionar este retorno gradativo ao cotidiano para este público tão afetado pela pandemia”, ressalta a coordenadora do projeto, Rafaela Santos.

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