Teve início nesta terça-feira (5/10) o julgamento do pastor Agnaldo Batista Amaral, de 48 anos. Ele é acusado de assassinar a facadas a cabeleireira Bruna Rafaela da Silva, de 30 anos, além de tentar matar a namorada dela, Kelly Cristina Rodrigues da Silva, e um funcionário de Bruna, Lucas Moraes dos Santos.
O crime ocorreu em 26 de fevereiro do ano passado, no Centro da capital. O réu responde por homicídio duplamente qualificado (motivo fútil e impossibilidade de defesa da vítima), e por tentativa de homicídio qualificado. Se condenado, poderá pegar até 30 anos de prisão.
Segundo os autos do processo, o crime foi motivado por desavenças relacionadas a um imóvel. Bruna, que era cabeleireira, mantinha um salão ao lado da loja do pastor. Ele já havia ocupado o ponto anteriormente e pressionava a vítima para que ela saísse de lá.
As brigas entre os dois seriam constantes, com direito a agressões físicas e verbais, registradas em três boletins de ocorrência junto à Polícia Militar (PM).
Conforme a promotoria, em mais uma tentativa de retirar a cabeleireira do imóvel, Agnaldo teria feito uma denúncia falsa no Juizado Especial de BH, acusando Bruna de agredir um morador de rua. Ciente da armação, a vítima foi tirar satisfação com Agnaldo no comércio dele, acompanhada de Kelly e Lucas.
Transtornado, o acusado partiu para cima do trio com uma faca. Primeiro, golpeou Lucas no pulmão direito e no diafragma. Depois, jogou a cabeleireira no chão e a esfaqueou também no pulmão direito e na região mamária, golpes que a mataram. Kelly foi ferida nas costas, nos braços e nas mãos, ao tentar defender a companheira.
Depois dos ataques, o pastor teria fugido de táxi rumo à estado de metrô Carlos Partes, sendo posteriormente encontrado pela polícia.
Mesmo gravemente feridos, os sobreviventes conseguiram correr até o hospital, onde foram socorridos.
A reportagem procurou a defesa de Agnaldo, mas não obteve retorno.
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