O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse, nesta terça-feira (5/10), que chegou a receber atendimento hospitalar nos Estados Unidos para tratar sintomas da covid-19. De volta ao Brasil, após duas semanas de quarentena, o ministro afirmou que ter recebido prescrição para uso de medicamentos, mas se recusou a dizer quais remédios tomou, alegando “foro” íntimo.
Queiroga foi questionado por jornalistas especificamente se tomou a hidroxicloroquina, mas não respondeu. “Essa questão é privativa minha, do tratamento que eu fiz, está certo? Eu tomei o medicamento prescrito pelo meu médico. Meu médico dos Estados Unidos, porque médicos não prescrevem a distância. Então, procurei um médico, como todo mundo faz. Quando você está doente, não procura um hospital, um consultório? O médico lhe prescreve um medicamento e você toma. Ou não”, afirmou.
O ministro integrava a comitiva presidencial para participação na 76ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), quando foi contaminado. A infecção foi detectada em um teste de rotina antes de Queiroga embarcar de volta ao Brasil. Segundo ele, no início estava assintomático, mas acabou sentindo febre e decidindo procurar um médico americano, por ter algumas comorbidades.
O presidente Bolsonaro havia insinuado, em uma transmissão ao vivo pelas redes sociais, na última semana, que Queiroga teria tomado hidroxicloroquina e outros remédios sem eficácia contra a covid-19.
No início de junho, em depoimento à CPI da Covid, porém, Queiroga afirmou claramente que a hidroxicloroquina não tinha eficácia comprovada no tratamento da doença. "Essas medicações não têm eficácia comprovada.”, disse. "Se eu ficar discutindo a discussão do ano passado, eu não vou em frente".
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