O Aeroporto da Pampulha foi, enfim, leiloado para a administração privada. O leilão foi finalizado na tarde desta terça-feira (5/10) na Bolsa de Valores, a B3, com vitória da Companhia de Participações em Concessões, representada pela corretora Mundinvest.
A Companhia tem à frente o grupo CCR Aeroportos – o mesmo responsável pela BH Airport, que administra o Aeroporto de Confins.
O lance inicial era de R$ 9 milhões e foi disputado com o Consórcio Asa, representado pela corretora Ativa. Depois de mais de 15 propostas, a CCR conquistou o leilão por R$ 34 milhões.
O ágio, diferença entre o mínimo fixado pelo governo e a soma dos lances vencedores, foi de 245,29%.
Aeroporto da Pampulha
À frente do leilão está o governo de Minas, via Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra). As inversões com a concessão são estimados em R$ 151 milhões, viabilizados mediante investimentos privados.
Desse total, cerca de R$ 65 milhões serão investidos nos primeiros 36 meses, destinados, entre outros serviços, à construção de um terminal de aviação geral, sistema de pistas de táxi, recuperação parcial do pavimento da pista e preparação para novos hangares.
Além disso, o projeto estima a arrecadação de R$ 99 milhões em impostos federais, estaduais e municipais.
Em junho de 2020, o Ministério da Infraestrutura assinou Convênio de Delegação do equipamento para o estado de Minas Gerais, a fim de viabilizar o desenvolvimento dos estudos para a estruturação de um novo modelo de gestão, operação, expansão e exploração do Aeroporto da Pampulha.
Em julho do mesmo ano, a Seinfra iniciou o Procedimento de Manifestação de Interesse (PMI) para receber projetos, levantamentos e estudos técnicos que subsidiassem a modelagem da concessão. Entre fevereiro e março de 2021, foi realizada, com posterior audiência pública.
A estrutura do equipamento se encontra em uma área de quase 2 milhões de metros quadrados, a cerca de 8 quilômetros do Centro de BH. E mais: fica perto do Conjunto Moderno da Pampulha, reconhecido como Patrimônio Mundial, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), do estádio do Mineirão e de outros.
Cronologia
1933 – Início das atividades do Aeroporto da Pampulha, principalmente para atender voos do Correio Aéreo Militar.
1936 – Em 2 de setembro, por meio da Lei nº 76, o governo de Minas é autorizado a conceder à Panair do Brasil o direito de explorar a linha entre Belo Horizonte e Rio de Janeiro.
1937 – Em 23 de março, é oficialmente inaugurada a linha comercial Rio-BH-Rio com um avião bimotor Lockeed 10E Electra I, PP-PAS, com capacidade para dois tripulantes e seis passageiros.
1954 – Inaugurado o terminal de passageiros.
1973 – Em 3 de dezembro, o Aeroporto da Pampulha é incorporado à Infraero.
1979 – Iniciada da construção do Aeroporto Internacional de Confins, inaugurado em 1984.
1986 – Pampulha retoma suas atividades com demanda crescente. Em 2002, bate recorde, com mais de 3 milhões de passageiros atravessando os portões de embarque e desembarque.
2004 – Passa a se chamar oficialmente Carlos Drummond de Andrade, em homenagem ao centenário de nascimento do escritor e poeta mineiro.
2005 – Voos de longa distância são transferidos da Pampulha para Confins. Com isso, o Aeroporto de BH passa a atender as principais cidades de Minas e se firma como um dos principais aeroportos regionais do Brasil.
2010 – Nessa década, a Infraero faz obras para melhoria das pistas, pátios e terminal de passageiros, implanta a nova torre de controle, revitaliza subestações, substitui torres de iluminação e promove a adequação da sala AIS (Serviço de Informação Aeronáutica).
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