Com um efetivo de 160 agentes em uma megaoperação de combate à pornografia na internet envolvendo crianças, a Polícia Federal prendeu 19 pessoas, em Minas Gerais, nesta quarta-feira (29/9), sob suspeita de integrarem uma rede de compartilhamento e venda de conteúdos – entre fotos e vídeos – de abuso sexual infantil .
A reportagem apurou que os policiais federais investigam se integrantes do grupo também estão envolvidos na produção de conteúdo pornográfico. A divisão de tarefas da rede criminosa ainda não está totalmente esclarecida.
Oficialmente, a PF afirma que os autores comercializavam vídeos e fotos de crianças em situações sexuais já existentes na internet.
Ao todo, foram cumpridos 36 mandados de busca e apreensão , durante a manhã de hoje, nas cidades de Belo Horizonte, Contagem, Santa Luzia, distrito de Mariana, Uberlândia, Uberaba, Juiz de Fora, Varginha, Montes Claros, Divinópolis e Governador Valadares.
Prisões
Cinco prisões ocorreram na área de abrangência da Superintendência Regional (SR), em Minas Gerais – que compreende as cidades de Belo Horizonte, Contagem, Santa Luzia e o distrito de Mariana. Na capital do estado, três pessoas foram detidas. Apesar dos questionamentos da reportagem, a Polícia Federal não especificou em quais cidades da SR aconteceram as outras duas prisões.
Nos municípios de Varginha, Governador Valadares e Divinópolis, três pessoas também foram capturadas. Em Juiz de Fora, a quarta maior cidade do estado, dois homens foram detidos em flagrante em decorrência da troca de imagens e vídeos pornográficos.
No início da tarde, o Estado de Minas também já havia noticiado três prisões em Uberlândia . Por fim, a Polícia Federal identificou e prendeu três pessoas em Montes Claros e mais três em Uberaba.
Em relação à faixa etária das 19 pessoas presas nesta quarta-feira, a PF não deu retorno à reportagem.
Investigação
A Polícia Federal informou à reportagem que as investigações tiveram início em julho deste ano. Conforme comunicado oficial, as diligências aconteceram “a partir do uso de ferramentas e técnicas investigativas que permitem a coleta de informações na internet e a identificação de usuários que frequentemente compartilham ou comercializam esse tipo de arquivo na rede”.
“Os investigados poderão responder pelos crimes previstos nos artigos 241-A e 241-B do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), dentre outros. Caso sejam condenados, a pena pode chegar a 10 anos de reclusão, além de multa”, finalizou a PF, em nota.