Pandemia

Anvisa aprova uso de baricitinibe para tratamento de internados com covid-19

Para ser incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS), o remédio precisam passar por avaliação da Conitec. O baricitinibe já tem registro no Brasil para o tratamento de artrite reumatoide ativa moderada a grave e dermatite atópica moderada a grave

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou, nesta sexta-feira (17/9), um novo medicamento para o tratamento de pacientes internados com covid-19. O baricitinibe já tem registro no Brasil para o tratamento de artrite reumatoide ativa moderada a grave e dermatite atópica moderada a grave e, agora, pode ser usado em pacientes adultos internados com covid-19 que necessitam alto fluxo de oxigênio. 

"Para a inclusão desta nova indicação, a empresa Eli Lilly do Brasil Ltda apresentou dados que sustentam a eficácia e segurança do medicamento para esta indicação", disse a agência em nota. 

A Anvisa explicou que o medicamento funciona como um inibidor seletivo e reversível de enzimas responsáveis pela comunicação das células envolvidas no processo de formação e desenvolvimento das células do sangue, na inflamação e na função imunológica.

A Anvisa já chegou a aprovar outros medicamentos como anticorpos monoclonais e outros tipos. Para serem incorporados ao Sistema Único de Saúde, os remédios precisam passar por avaliação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). 

Incorporação

Recentemente, a Conitec deu parecer desfavorável para a incorporação do remdesivir para tratamento da covid-19 no SUS. A recomendação final da comissão afirmou não ter evidências disponíveis que comprovem a eficácia do medicamento.

Outro medicamento que não foi recomendado pelo plenário da comissão foi a associação dos anticorpos monoclonais banlanivimabe/etesevimabe para o tratamento de pacientes adultos de alto risco infectados por SARSCoV-2 no SUS.

"Após avaliação pelo Plenário da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), considerou-se o risco de resistência às cepas Gama (mais prevalente) e Delta (emergente), a incerteza quanto aos dados do estudo analisado e os desafios logísticos para administração do medicamento", explicou a comissão. 

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