Seguindo a posição de outras entidades de saúde pública, como a Sociedade Brasileira de Imunização, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) foram a público — por meio de nota —, na noite desta quinta-feira (16/9), lamentar a decisão do Ministério da Saúde em suspender a vacinação para adolescentes com mais de 12 anos.
De acordo com a entidade, as decisões da pasta ocorreram “sem qualquer consulta prévia às representações estaduais e municipais da gestão do Sistema Único de Saúde ou mesmo à Câmara Técnica Assessora do Programa Nacional de Imunizações (PNI)”. Tanto o Conass, quanto o Conasems, alertaram que a medida pode colocar em risco o controle da pandemia e deixou o aviso: “o Brasil ainda apresenta situação epidemiológica distante do que pode ser considerado como confortável, em razão do surgimento de novas variantes”.
Os conselhos também reafirmaram a confiança na Anvisa e na OMS — que indicam o uso da Pfizer em adolescentes — e chegaram a questionar dados do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que indica erros na aplicação de vacinas diferentes daquelas recomendadas para jovens em pouco mais de 25 mil adolescentes. “Temos que primeiramente considerar se o dado é real, uma vez que erros de registro vêm sendo identificados, tanto por eventual esgotamento dos servidores, como por dificuldades relacionadas aos sistemas de informação. Importante considerar também que o montante referido anteriormente representa 0,75% das mais de 3,5 milhões de doses já aplicadas neste grupo populacional”.
Por fim, a nota assinada por Carlos Lula (presidente do Conass) e Wilames Freire (presidente da Conasems) indica: “Conass e Conasems, baseados nos atuais conhecimentos científicos, defendem a continuidade da vacinação para a devida proteção da população jovem”.