PANDEMIA

Anvisa investiga suspeita de reação após aplicação da vacina da Pfizer em adolescente

Segundo a agência, até o momento não há evidências que correlacionem a morte com a vacinação contra covid-19. Adolescente de 16 anos tomou a primeira dose da vacina oito dias antes de morrer

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) investiga a morte de uma adolescente de 16 anos após aplicação da vacina da Pfizer. O órgão regulador foi informado nessa quarta-feira (15) que, no início do mês, ocorreu uma reação adversa grave em uma adolescente após uso da vacina contra a covid-19. A jovem morreu oito dias depois de ter recebido a primeira dose do imunizante.

Segundo a agência, até o momento, não há uma relação causal definida entre a morte e a administração da vacina. Os dados recebidos ainda são preliminares e necessitam de aprofundamento para confirmar ou descartar essa relação.

A Anvisa já iniciou avaliação e a comunicação com outras autoridades públicas e informou que adotará todas as ações necessárias para a rápida conclusão da investigação. Entretanto, segundo a agência, com os dados disponíveis até o momento, não existem evidências que subsidiem ou demandem alterações nas condições aprovadas para a vacina.

“Além de estabelecer contato com as sociedades científicas, a fim de intensificar a identificação precoce dos casos de eventos adversos graves pós-vacinação de adolescentes, a Anvisa realizará reunião com a empresa Pfizer e os responsáveis pela investigação do caso no Estado e CIEVS Nacional para obter mais informações.”, afirmou, em nota.

Investigação também em São Paulo

A morte da jovem de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, também está sendo analisada pelo Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo.

A Anvisa ressalta que todas as vacinas autorizadas e distribuídas no Brasil estão sendo monitoradas continuamente pela vigilância diária das notificações de suspeitas de eventos adversos.

O órgão ainda destacou que os dados gerados com o avançar do processo vacinal em larga escala são cuidadosamente analisados em conjunto com as outras autoridades de saúde. Até o momento, os achados apontam para a manutenção da relação benefício versus o risco para todas as vacinas, ou seja, os benefícios da vacinação excedem significativamente os seus potenciais riscos, de acordo com a agência.

Em ofício, o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) solicitaram, nesta quinta-feira (16), um posicionamento da Anvisa. O imunizante da Pfizer é o único liberado para aplicação em adolescentes.

Saiba Mais

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* Estagiária sob supervisão de Mariana Niederauer