Jornal Correio Braziliense

Butantan conclui entregas

O Instituto Butantan entregou, ontem, 5,1 milhões de doses da CoronaVac ao Ministério da Saúde e, com isso, concluiu ao fornecimento de 100 milhões de unidades do imunizante contra a covid-19 para o Programa Nacional de Imunizações (PNI), iniciada em janeiro deste ano. Este é o primeiro contrato de vacinas contra covid-19 que foi concluído. A pasta ainda recebe doses da Pfizer, da Janssen, da Fiocruz/AstraZeneca e do Covax Facility.

“O Butantan, o primeiro a entregar vacinas ao Brasil em janeiro, é o primeiro, também, a concluir o seu contrato. Nesse momento, é o maior quantitativo de doses entregues ao Ministério”, disse Dimas Covas, diretor do Butantan.

O contrato com o Ministério da Saúde previa a conclusão da entrega até o fim de setembro, mas o Butantan chegou a falar em diversos momentos que adiantaria o envio total das doses até o final de agosto. A exclusão da vacina como possível imunizante para dose de reforço de idosos e imunossuprimidos, contudo, fez com que o instituto mudasse o discurso.

A primeira parte do contrato, de 46 milhões de doses, foi concluída em 12 de maio. E a segunda parte, de 54 milhões de unidades, nesta quarta-feira. Desde a assinatura do contrato, houve embates entre o Ministério da Saúde e o Butantan.

Substituição

Além destas doses, mais 1,8 milhão de unidades foram usados para fazer a substituição dos lotes da CoronaVac colocados em quarentena pela Agência Nacional de Vigilância Nacional (Anvisa). Cerca de oito milhões de doses foram impedidas de serem aplicadas por terem sido envasadas em laboratório chinês não inspecionado pela agência.

“Esse procedimento de quarentena que foi instituído pela Anvisa trata-se de regularização documental em relação ao local de fabricação lá na China. Como esse é um processo que pode demorar, nós começamos a substituição dessas doses”, explicou Covas. Até 29 de setembro, o Butantan substituirá todas essas doses. (MEC)