Luta por direitos

Ato simbólico marca Marcha de Mulheres Indígenas nesta sexta-feira (10/9)

Após adiamento em razão de protestos bolsonaristas na Esplanada ontem, indígenas se dirigiram até a Praça do Compromisso, onde foi assassinado Galdino Pataxó, nesta sexta-feira (10/9), e queimaram um boneco de Bolsonaro

De cocares na cabeça, pinturas de guerra pelo corpo e maracás balançando nas mãos, mulheres indígenas marcharam, na manhã desta sexta-feira (10/9), do acampamento "Luta pela Vida", na Funarte, região central de Brasília, até a Praça do Compromisso — onde foi erguida a estátua em homenagem a Galdino Pataxó, queimado por jovens brasilienses em 1997 —, na altura da 704 Sul. A segunda edição da marcha estava marcada para ontem, mas foi adiada para evitar possíveis conflitos com bolsonaristas acampados na Esplanada para os atos de 7 de Setembro.

Entre rezas, discursos e danças, as indígenas pararam em frente à estátua e realizaram um ato simbólico: queimaram um boneco do presidente Jair Bolsonaro.

Com gritos eram de "Fora Bolsonaro", "demarcação já", as falas traziam a urgência pelo respeito à terra e pelo seu povo. Cerca de 172 etnias estavam presentes no ato.

Essa é mais uma mobilização em decorrência da mobilização em torno da votação que ocorre no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a demarcação de terras indígenas, conhecida como Marco Temporal.

A manifestação das mulheres indígenas seguiria para a Catedral, na Esplanada dos Ministérios, onde estão acampados, desde segunda-feira (6), caminhoneiros a favor das investidas antidemocráticas de Bolsonaro. No entanto, decidiram voltar para o acampamento indígena que reúne mais de 5 mil pessoas de 172 povos.

Marcelo Ferreira/CB/D.A Press - Segunda edição da Marcha de Mulheres Indígenas
Marcelo Ferreira/CB/D.A Press - Segunda edição da Marcha de Mulheres Indígenas
Marcelo Ferreira/CB/D.A Press - Segunda edição da Marcha de Mulheres Indígenas
Marcelo Ferreira/CB/D.A Press - Segunda edição da Marcha de Mulheres Indígenas
 

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