A quantidade de manifestações dos caminhoneiros pelo Brasil caiu de 13 para 10 estados, que ainda mantêm concentrações em rodovias federais durante esta quinta-feira (9/9). O Ministério da Infraestrutura, por meio da Polícia Rodoviária Federal (PRF), reduziu em mais de 35% os bloqueios, mas ainda contabiliza pontos isolados em cinco estados - Maranhão, Minas Gerais, Roraima, Piauí e Rio de Janeiro.
Os protestos tiveram início na manhã de quarta-feira (8/9). Os caminhoneiros impediram o tráfego de veículos de cargas em trechos de rodovias federais, ocasionando filas quilométricas em diversas regiões.
O Sul foi um dos locais que mais aderiu ao movimento e, até o último relatório divulgado pelo Ministério da Infraestrutura, seguia com o maior número de concentrações. Mais da metade dos registros estão no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná. Além dessas regiões, também há aglomerações em Rondônia, Mato Grosso do Sul, Bahia, Pará, Mato Grosso, Goiás e Tocantins.
Mais cedo, os locais mais sensíveis, com bloqueio total das pistas, foram todos liberados, principalmente em Paulínia e São José dos Campos, ambas em São Paulo – regiões com maior fluxo de passagem.
Categoria dividida
Após publicação de nota oficial do Palácio do Planalto, assinada por Jair Bolsonaro (sem partido), caminhoneiros deixaram de apoiar o presidente e direcionaram o foco dos protestos para o impeachment de ministros, principalmente Alexandre de Moraes.
Em vídeo, o caminhoneiro bolsonarista Zé Trovão, considerado como um dos líderes do movimento de parada, e que está foragido no México, pediu à categoria: “As paralisações por aí precisam ter faixa com a cara do Alexandre de Moraes pedindo o impeachment dele. Tirem as faixas pedindo apoio a Bolsonaro, pelo amor de Deus”.
Por outro lado, entidades que atuam para garantir os direitos dos caminhoneiros se posicionaram contra os atos. A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) afirmou, em nota, que as manifestações “não carregam em seu escopo nenhuma reivindicação específica relacionada à atividade profissional do caminhoneiro autônomo”, porém, entende que os profissionais são livres “para exercer o seu direito de manifestação e liberdade de expressão”.
Leia a nota na íntegra: