Com mais 361 mortes por covid-19 e 13.645 casos da doença confirmadas ontem pelo Ministério da Saúde, o Brasil conseguiu ficar com uma média móvel de mortes abaixo de 600 óbitos pela primeira vez desde 1º de dezembro. A média móvel de casos também voltou a cair e ficou abaixo de 20 mil, o que não acontecia desde 10 de novembro do ano passado. Mas, ainda que o país esteja em uma fase melhor da pandemia, ainda há problemas na distribuição de vacinas contra a covid-19. Ontem, por causa das manifestações do feriado de 7 de Setembro, o Ministério da Saúde suspendeu a entrega de imunizantes da Pfizer.
De acordo com a colunista Malu Gaspar, de O Globo, a Secretaria Especial de Enfrentamento à Covid (Secovid) do Ministério da Saúde informou a suspensão das entregas ontem, mas a decisão será mantida ainda hoje em razão dos “riscos de manifestações”. Ao todo, o envio de 2,6 milhões de doses da vacina da Pfizer foi atrasado. A vacina é a única que pode ser aplicada em adolescentes no Brasil e também é recomendada como dose de reforço de idosos e imunossuprimidos pelo Ministério da Saúde.
Reclamações
O atraso na chegada de vacinas tem sido reclamação constante de algumas cidades, como o Rio de Janeiro, que já paralisou algumas vezes a vacinação por causa das entregas. Hoje, a Secretaria Municipal de Saúde do Rio retoma a vacinação de adolescentes contra a covid-19. Com a chegada de imunizantes na última segunda-feira, será possível iniciar a aplicação no público de 15 anos. “A continuidade do calendário para outras faixas etárias será anunciada quando o município receber mais doses do Ministério da Saúde”, avisou a prefeitura em nota.
O Brasil já acumula 584.171 mortes pela covid-19 e mais de 20,9 milhões de casos positivos. No momento, tem a menor média móvel de mortes e casos desde o ano passado, de acordo com levantamento do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass). São 537 mortes e 19.530 casos registrados, em média, por dia.
Com o avanço da vacinação, o país registrou pela 11º semana consecutiva uma queda no número de mortes pela doença. A última semana epidemiológica concluída, a 35ª, confirmou 4.352 óbitos, 449 mortes a menos do que a 34ª semana. (MEC)