FEMINICÍDIO

Após ser atacado por genro, morre pai de grávida assassinada no RJ

Wellington Braga levou tiros na boca e, após longa internação em um hospital fluminense, não resistiu aos ferimentos

O único sobrevivente dos ataques de Ricardo Pinheiro Jucá Vasconcelos, 43 anos, Wellington Braga de Mello, 75, não resistiu aos ferimentos e morreu nessa quinta-feira (2/9), após 19 dias internado. Ele era sogro do acusado e foi atingido durante o crime, que aconteceu em 13 de agosto, na casa onde o homem morava com a filha da vítima, em Cônego, Nova Friburgo (RJ).

No mesmo dia, o empresário Ricardo Pinheiro executou a mulher, Nahaty Gomes de Mello, 33 anos, filha de Wellington e grávida de 6 meses, e matou a sogra, Rosemary Gomes de Mello, 67.

O suspeito do feminicídio está internado em um hospital psiquiátrico desde 20 de agosto, após ter alegado instabilidade mental. Contudo, após a audiência de custódia, foi julgada ausente a presença de transtornos psíquicos, e ele já teve a ordem de transferência para o presídio de Bangu autorizada.

Ricardo Pinheiro tem posse de arma e, para adquirir o armamento no Brasil, é necessário apresentar laudo psicológico que o comprove apto para praticar tiro, esporte realizado pelo empresário.

Na decisão, o juiz Marcelo Alberto Chaves Villas destaca que "o acusado praticava tiro desportivo, postava fotografias em rede sociais com arma de fogo e não se sabe influenciado por discurso de ódio". "Quiçá fatores possam explicitar crimes tão graves como ora os apurados e não um suposto surto psicótico. Chama atenção que o surto psicológico, apenas foi abordado superficialmente nos depoimentos dos agentes da lei em sede policial que afirmaram que o denunciado disse informalmente que cometeu os crimes, pois teve um 'surto'", continuou.

* Estagiária sob a supervisão de Mariana Niederauer

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