Litro da gasolina beirando os R$ 7 nas bombas dos postos de combustível. A realidade assusta, mas precisamos nos mexer e fazer o que der para tentar economizar. Seguir uma rotina de direção parcimoniosa e contribuir para a eficiência do desempenho do carro, como um todo, ajudam o motor não só a não desperdiçar combustível, como poupá-lo também. Veja a seguir cinco importantes atitudes:
Evite o ar-condicionado, mas nem sempre
Parece até brincadeira pedir para não ligar o ar-condicionado no calor típico do início de primavera do Brasil, mas, se der, evite. É bom para economizar combustível. Prefira abrir as janelas, já que o equipamento do ar-condicionado é ligado pelo motor do veículo e, portanto, o funcionamento está diretamente ligado ao consumo de combustível. Essa dica serve para trânsito em áreas urbanas, dentro das cidades.
Contudo, se estiver acima de 80km/h (geralmente em autoestradas), o recomendado é preferir mesmo ligar o ar-condicionado e não abrir as janelas, já que a resistência que o vento exerce sobre o carro é maior, aumentando assim o gasto do combustível.
Rotina na troca de marchas
Para economizar, no geral, recomenda-se que a troca de marchas seja feita a cada 3 mil rotações por minuto (rpm). Esticar muito as marchas ou passá-las muito rápido exige mais do motor. Mas, o número exato depende de cada veículo. Cada um tem o giro ideal para desempenho do motor ou economia de combustível. Alguns até indicam quando a troca deve ser feita. O tipo de combustível e quantidade de cilindradas também influenciam.
Vá com calma
Manter uma velocidade constante, sem freadas e acelerações bruscas, também ajuda a poupar e exige menos do motor. A dica também é válida para engarrafamentos. Neles, procure sempre ficar atento não somente ao veículo da frente, mas tente visualizar os seguintes para antecipar movimentos e não precisar parar de chofre.
Acelere gradativamente e desacelere também, além de optar por não correr muito, já que quanto maior a velocidade, mais motor e resistência de vento (menos aerodinâmica), portanto, mais gasto de combustível.
Manutenção, sim
Sabemos que fazer a manutenção do veículo custa caro e pode dar dá aquela preguiça, mas é totalmente necessária. O prazo varia de cada veículo, por uso ou por tempo. Veja a seguir alguns itens da revisão que previnem que o veículo "beba" além da conta:
Filtro de ar: troque sempre o filtro para que o ar chegue limpo à câmara de combustão. Quanto mais puro, melhor será a mistura com o combustível, necessária para uma queima eficiente. Desse modo, recomenda-se que o filtro seja substituído a cada 10 mil quilômetros rodados, em média.
Vela: trocar a vela também é importante. Ela é responsável por garantir que o combustível seja queimado sem que haja desperdício. Por isso precisa estar operando em perfeitas condições. O período de troca varia bastante, então é necessário ver na montadora do veículo o prazo ideal e fazer a substituição sem esperar que haja um problema para isso (que aparece, normalmente, na ignição do carro).
Óleo: trocar o óleo, com produtos de qualidade e sazonalmente, lubrifica, limpa, reduz o atrito e, consequentemente, reduz o calor do motor. Tudo isso ajuda na performance e economiza combustível. Para uma troca eficaz, é preciso se atentar ao tipo de óleo recomendado pelo fabricante de cada veículo e ao período indicado pela marca do lubrificante.
Pneus: quanto menor o atrito com o solo, melhor. Dessa maneira, andar com pneus murchos não é uma boa pedida. Por isso, é preciso verificar sempre a calibragem de cada um e fazer isso com eles frios. A pressão nos pneus varia muito. Ela pode ser influenciada desde o tamanho do aro da roda até o peso do carro como um todo no momento da medição (passageiros, carga...). Mas, a quantidade geralmente vem fixada em uma etiqueta no automóvel.
Existem também os recentes "pneus verdes", feitos de borracha e sílica, criados especialmente para reduzir o consumo, pois resistem mais ao rolamento.
Alinhamento e balanceamento: alinhar os pneus é deixá-los totalmente retos para que o contato com o solo seja ideal e balancear é distribuir de forma igualitária o peso por todo o veículo, deixando-o o mais estável possível, para evitar trepidações e, assim, desgastes. Se isso não for feito, o desempenho é prejudicado e o combustível é mais consumido.
Gasolina ou álcool: aquela velha conta
É sempre bom lembrar da fórmula que revela se é mais vantajoso abastecer com gasolina ou álcool, já que os veículos flex são cada vez mais comuns e ambos os tipos de combustíveis ainda são os mais usados pelas pessoas atualmente. Para tanto, basta multiplicar o valor da gasolina do posto por 0,7. Se der um número maior que o valor do litro do álcool, abasteça com álcool. Se der um resultado menor, vá de gasolina.
Entenda a alta de preços
Até chegar às bombas dos postos de combustível, a gasolina passa por uma série de tributações. Uma delas é o ICMS, que é somada a outras cobranças como Cide, PIS/Pasep e Cofins. A porcentagem de impostos no preço final não é exata e varia no preço entregue ao consumidor. "O percentual pode variar um pouco exatamente por causa do componente estadual do imposto (ICMS), mas, certamente, somente as contribuições federais (Cide, PIS e Cofins) são maiores que 25%. Nos estados, o ICMS varia entre 25% e 31%. Como esses custos são repassados ao consumidor, a soma dos impostos representa uma parcela grande no preço final”, explica o economista Vinícius do Carmo, da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).
De acordo com dados da Federação Nacional do Comércio de Combustíveis e Lubrificantes (Fecombustíveis), no DF, a cada litro de gasolina vendido na capital, somente de imposto, são cobrados R$ 2,37. Carmo explica que, além disso, o mercado internacional influencia no valor final da gasolina.
"Depende do preço internacional da matéria-prima e dos impostos para determinar qual é o seu custo. Também há uma influência da quantidade de petróleo dos outros produtores e a quantidade de consumo global. Isso influencia o preço, bem como a política de tributos", esclarece o especialista.
De acordo com a Secretaria de Economia do DF, as alíquotas sobre os combustíveis não sofrem alteração desde 2015. Por meio de nota, a pasta afirma que a porcentagem do ICMS no Distrito Federal é de 28% para gasolina e etanol; e de 15% para diesel. "Como é um valor percentual, ele varia de acordo com o preço cobrado pelos postos de gasolina. Ou seja, se os estabelecimentos aumentam ou diminuem o preço do combustível, continua-se cobrando 28% ou 15% de imposto sobre esse preço”, aponta. Saiba mais aqui.
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