SANTA CATARINA

PM da reserva que chamou mulher de "macaca desgraçada" será investigado

A Polícia Civil do estado abriu inquérito contra o homem, que aparece alterado em vídeo, confessa ser racista e ameaça bater em mulher

Correio Braziliense
postado em 17/09/2021 18:41 / atualizado em 17/09/2021 18:51
 (crédito: Reprodução/Redes sociais)
(crédito: Reprodução/Redes sociais)

Um policial militar da reserva será investigado por racismo pela Polícia Civil de Santa Catarina. Em vídeo que viralizou nas redes sociais o homem admite ser racista, chama mulher de “macaca desgraçada” e ameaça agredi-la. De acordo com a Polícia Militar do estado, o homem é um sargento da corporação que está aposentado desde março de 2016. As informações são do jornal O Globo.

No vídeo de 47 segundos, o homem está em pé dentro de uma casa e aparece aos gritos reclamando do que aparenta ser o filho da mulher que filma a agressão. "Ficava na sua frente, brincando, fingindo. Teu filho é um maldito de um negro desgraçado”, diz o homem.

A mulher que o filma pergunta o porquê ele tem ódio do jeito de “moreno”. Então o policial responde sem hesitar, aos gritos: “porque eu tenho ódio, porque eu sou racista, porque eu não suporto negro”.

Para completar a tabela de “racista”, ele afirma que tem um amigo negro, mas que ele é “descente, não essa negrada do c*****, que é marrenta” e diz que detesta a mulher porque é marrenta.

Por sua vez, ela começa a falar que não é para ele batê-la, e o homem tira o chinelo do pé, o segura e se aproxima. “Quer ver? Fala de novo. Fala de novo, sua macaca, demônio, desgraçada”, ameaça o racista. Veja o vídeo (alerta gatilho):

O delegado da Polícia Civil Éder Matte, afirma que o inquérito contra o policial militar foi instaurado nesta sexta-feira (17/9) e irá apurar o crime de racismo, de acordo com o artigo 20 da Lei nº 7.716/89, que prevê condenação de até três anos de reclusão para pessoas que “praticarem, induzirem ou incitarem a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia ou religião”.

Já a Polícia Militar do estado afirmou que o caso será encaminhado à Corregedoria-Geral da corporação e disse que “repudia todo e qualquer tipo de violência contra a mulher ou vulnerável, bem como qualquer tipo de racismo”.

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