Enquanto o Ministério da Saúde anuncia o início da aplicação de doses de reforço, ao menos seis estados seguem com problemas por falta do imunizante da AstraZeneca para a segunda dose contra a covid-19.
Em São Paulo, a Secretaria de Saúde começou, na segunda-feira, a fazer a chamada intercambialidade — a combinação de vacinas diferentes — para completar o esquema vacinal da população que esperava por doses da AstraZeneca. O uso de vacinas diferentes é autorizado pelo Ministério da Saúde.
Só na capital paulista, de acordo com a prefeitura, 340 mil pessoas estão com a segunda dose da AstraZeneca em atraso — é mais do que o dobro das 165 mil doses da Pfizer disponíveis.
O governo do estado afirma que o desabastecimento foi provocado pelo atraso na entrega de 1 milhão de doses da vacina, que deveriam ter sido disponibilizadas desde 4 de setembro. O ministério, no entanto, contesta a informação. “Até o momento foram entregues ao estado 12,4 milhões de doses 1 e 9,2 milhões de doses 2 da AstraZeneca. As 2,8 milhões de doses não foram enviadas porque o prazo de intervalo entre a primeira e segunda dose só se dará no final do mês”, afirmou a pasta ao Correio.
Além de São Paulo, cinco estados estão sem vacinas da AstraZeneca para a segunda dose: Rio Grande do Norte, Rondônia, Tocantins, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul.
* Estagiária sob a supervisão de Odail Figueiredo