Protesto

Clima de tensão na Esplanada impede Marcha de Mulheres Indígenas

Presença de bolsonaristas na área central de Brasília motivou cancelamento de segunda edição do protesto indígena

Raphael Felice
postado em 09/09/2021 12:48 / atualizado em 09/09/2021 13:08
 (crédito: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)
(crédito: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil)

A Segunda Marcha das Mulheres Indígenas que aconteceria nesta quinta-feira (9/9) foi cancelada devido à tensão presente em Brasília por conta das manifestações do Sete de Setembro. A presença de manifestantes bolsonaristas na Esplanada gerou insegurança na realização do movimento até a Esplanada dos Ministérios.

Sem a marcha, o grupo realiza atividades e debates entre as mais de 5 mil pessoas de 172 povos presentes no acampamento. O grupo acompanha também a votação do Marco Temporal, pelo Supremo Tribunal Federal (STF). 

A primeira marcha foi realizada em 2019 como uma forma de luta contra a retirada de direitos e políticas “anti-indígenas” do governo federal. Por conta da pandemia, as mulheres indígenas não marcharam em 2020.

Além do combate à chamada “política anti-indígena” do governo Bolsonaro e a retirada de direitos dos povos originários, a Marcha das Mulheres Indígenas trata também de assuntos ligados à causa feminina. Debates e troca de vivências sobre a luta das mulheres e processos de violência sofridos por mulheres indígenas também são parte do movimento.

O cancelamento da marcha fez com que setores da oposição ao governo se posicionassem via redes sociais. Pelo Twitter, a deputada federal Talíria Petrone (PSOL-RJ) lamentou a suspensão do protesto e criticou manifestantes bolsonaristas. 


 

 

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