A Segunda Marcha das Mulheres Indígenas que aconteceria nesta quinta-feira (9/9) foi cancelada devido à tensão presente em Brasília por conta das manifestações do Sete de Setembro. A presença de manifestantes bolsonaristas na Esplanada gerou insegurança na realização do movimento até a Esplanada dos Ministérios.
Sem a marcha, o grupo realiza atividades e debates entre as mais de 5 mil pessoas de 172 povos presentes no acampamento. O grupo acompanha também a votação do Marco Temporal, pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A primeira marcha foi realizada em 2019 como uma forma de luta contra a retirada de direitos e políticas “anti-indígenas” do governo federal. Por conta da pandemia, as mulheres indígenas não marcharam em 2020.
Além do combate à chamada “política anti-indígena” do governo Bolsonaro e a retirada de direitos dos povos originários, a Marcha das Mulheres Indígenas trata também de assuntos ligados à causa feminina. Debates e troca de vivências sobre a luta das mulheres e processos de violência sofridos por mulheres indígenas também são parte do movimento.
O cancelamento da marcha fez com que setores da oposição ao governo se posicionassem via redes sociais. Pelo Twitter, a deputada federal Talíria Petrone (PSOL-RJ) lamentou a suspensão do protesto e criticou manifestantes bolsonaristas.
Hoje aconteceria a 2ª Marcha das Mulheres Indígenas em direção a Esplanada dos Ministérios. Mas as constantes ameaças dos bolsonaristas ainda acampados em Brasília não tornam o espaço seguro para as mulheres originárias. É um absurdo legitimado pelo presidente genocida! pic.twitter.com/3iA9PIPTB7
— Talíria Petrone (@taliriapetrone) September 9, 2021
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