As manifestações de caminhoneiros seguem ativas desde a manhã desta quarta-feira (8/9), por todo o Brasil. De acordo com dados registrados pela Polícia Federal Rodoviária (PRF), são 173 pontos de concentração de manifestações e 53 de bloqueio em rodovias federais, com destaque para o Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná e Santa Catarina.
A região Sul contabiliza o maior número de cidades com concentração de bloqueio nas pistas. Em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul são 30 cidades com a presença de pessoas e máquinas agrícolas nos locais além dos caminhões. No Centro-Oeste, o Mato Grosso computa 94 manifestações e 28 bloqueios.
Agora: Caminheiros parando geral com bloqueios.. Caminhoneiros bloqueiam BR-364 em Rondonópolis Mato grosso.. pic.twitter.com/MzP867pvqC
— VLOG DO ELBER???????? (@ElberFidelis01) September 8, 2021
Mídias têm sido divulgadas nas redes sociais para informar as pessoas sobre a situação do trânsito nos locais. Um vídeo publicado no Twitter, mais cedo, mostra os caminhões parados no acostamento da BR-364, km 202 e uma pessoa diz: “Agora não adianta vir. Travou, travou. Rondonópolis travado. Ninguém vai passar. Ou vai pro posto ou volta pra trás”.
Entidades ligadas à classe, e que atuaram em outros protestos, não aderiram aos atos dessa vez. Afrânio Kieling, presidente da Federação das Empresas de Transporte Cargas e Logísticas do Sul (Fetran-sul), diz que é uma manifestação heterogênea e que não reivindica nenhuma pauta “relacionada ao setor, é uma questão política”.
“Entendemos que aqueles que querem paralisar que fiquem em casa, mas não tranquem a estrada e impeça quem quer trabalhar. Entendemos que o direito é de cada um, mas que não pode atrapalhar o direito do outro de trabalhar”, conclui.
A categoria está dividida se comparecem ou não aos protestos. Aderiram ao movimento grupos que apoiam as ameaças de Jair Bolsonaro (sem partido) ao Supremo Tribunal Federal (STF). Eles defendem três ações diretas de inconstitucionalidade, que tratam da política nacional de piso mínimo, implementada por meio de lei durante o governo Michel Temer (MDB), que ainda não foram julgadas pela Corte.
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