Uma pesquisa inédita realizada pela Pfizer Brasil em parceria com o Ipec (Inteligência em Pesquisa e Consultoria) apontou que os jovens foram o grupo etário que mais teve a saúde mental afetada pela pandemia de covid-19 no Brasil. Os resultados da pesquisa, divulgados nesta quarta-feira (1º/9), mostram que 50% dos jovens brasileiros de 18 a 24 anos classificam a própria saúde mental como ruim (39%) ou muito ruim (11%) durante a pandemia.
De maneira geral, ao avaliar todas as faixas etárias, o número que considera a própria saúde mental ruim ou muito ruim é menor, 30%. A pesquisa foi realizada com 2 mil pessoas na cidade de São Paulo e nas regiões metropolitanas de Curitiba, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Salvador.
Ao responder sobre quais sintomas característicos de transtornos mentais, como ansiedade e depressão, foram sentidos durante a pandemia, a maioria dos entrevistados, 42%, citou a tristeza. Além disso, grande parte dos entrevistados também indicou ter sentido insônia (38%), irritação (38%), angústia e/ou medo (36%) e crises de choro (21%).
Para a diretora médica da Pfizer Brasil, Marjori Dulcine, esses dados podem ser um alerta. "Muitas vezes as pessoas acham que a saúde mental está boa, mas quando perguntamos sobre alguns sintomas que nos trazem um alerta para uma má qualidade de saúde mental vimos que os entrevistados relataram vários deles", disse.
Apesar de fatores diretamente ligados à covid-19 estarem entre os relacionados ao impacto da saúde mental neste período, a situação financeira difícil e o acúmulo de dívidas foram citados por 23% das pessoas ouvidas como fator que mais impacta a própria saúde mental. Na sequência aparecem o medo de pegar covid-19 (18%) e a morte de alguém próximo (12%).
Procura por ajuda
Apesar de terem sentido sintomas que são alertas para transtornos mentais, a maioria das pessoas não procurou ajuda profissional durante a pandemia. Cerca de 63% não identificaram que precisam de ajuda para cuidar da saúde mental. Do outro lado, 21% chegaram a procurar ajuda profissional, sendo que 11% dessas pessoas estão em tratamento. Outros 15% não procuraram, mas acreditam que precisam de ajuda profissional.
A ansiedade (16%) e a depressão (8%) lideram a relação dos transtornos mentais diagnosticados nesse período. Em menor escala, também aparecem doenças como a síndrome do pânico (3%) e a fobia social (2%).
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