Após a Pfizer anunciar um acordo com a farmacêutica brasileira Eurofarma para a produzir a vacina contra a covid-19, Comirnaty, no Brasil, o Ministério da Saúde se pronunciou oficialmente sobre o acordo nesta quinta-feira (26/8) em um evento com a presença de diretores da Pfizer e do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, que ressaltou a credibilidade que o Brasil tem perante à farmacêutica americana.
"Porque a Pfizer quis vir para o Brasil? Porque a Pfizer é inteligente e sabe que nesse país tem um governo liberal, um governo que respeita a legislação, um governo que quer participar nas áreas fundamentais como saúde e educação, mas quer deixar a iniciativa privada trabalhar", disse o ministro no evento.
Queiroga ainda ressaltou que a aprovação da reforma tributária suscitará ainda mais o investimento privado. De acordo com ele, a vinda da Pfizer ao Brasil trará um novo cenário para o sistema de saúde e ampliará a capacidade de geração de emprego e renda.
O ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, também estava presente no anúncio e agradeceu a Pfizer pela confiança no Brasil. "Existia diversos outros países no mundo na expectativa de sediar essa fábrica, que, em um primeiro momento, pode fabricar (vacinas) para a imunização nacional, mas não tenho dúvida que em pouco tempo estará sendo distribuída vacinas para toda a América Latina", disse.
Produção nacional
A parceria entre a Pfizer e a BioNTech com a Eurofarma prevê que o laboratório brasileiro produza 100 milhões de doses da vacina contra a covid por ano. Elas devem começar a ser entregues em 2022 para toda a América Latina.
A vacina já é aplicada no Brasil e foi incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS), mas até então as doses vinham prontas do exterior para aplicação.