Depois de algumas cidades terem anunciado a intenção de adotar um passaporte de vacinação, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse, nesta sexta-feira (27/8), que é contra a adoção de um passaporte de vacinação para liberar a entrada de indivíduos em determinados lugares. A afirmação foi feita durante visita ao Rio de Janeiro, onde visitou a Clínica Renalcor, que realiza o tratamento de pacientes com doença renal crônica.
"Passaporte não ajuda, não ajuda em nada. O Brasil já tem um regulamento sanitário que é um dos mais avançados do mundo. E essas matérias, elas são matérias administrativas. O certificado de vacinação está lá, qualquer um pode pegar. E você começar a restringir a liberdade das pessoas, exigir um passaporte, carimbo, querer impor por lei uso de máscaras pra tá multando as pessoas, indústria de multa, nós somos contra isso", disse.
A exigência de um passaporte de vacinação para a entrada em determinados estabelecimentos foi anunciada por algumas cidades como Rio de Janeiro e São Paulo. No Rio, o anúncio foi feito na manhã desta sexta-feira (27).
Ainda em junho, o presidente da República, Jair Bolsonaro, já havia se manifestado contrariamente à exigência de vacinação para entrada em alguns lugares. Bolsonaro já chegou a afirmar que caso um projeto de lei que cria um passaporte de vacinação seja aprovado na Câmara dos Deputados, ele vetará. A medida passou no Senado em junho.
Queiroga compartilha da opinião do chefe do Planalto. "O povo brasileiro é livre e nós queremos que as pessoas exerçam as coisas de acordo com sua consciência. Eu uso máscara porque entendo que é importante, você também, não é porque tem uma lei que se você não usar mascara alguém vai lhe multar", completou o ministro, usando o uso da máscara de exemplo.
Máscara
Atualmente, é obrigatório, por lei, o uso de máscara em espaços públicos e privados durante a pandemia do novo coronavírus. Queiroga já falou mais de uma vez que é contra a obrigatoriedade do uso de máscaras no país.
A afirmação vem sendo defendida depois que o presidente da República, Jair Bolsonaro, disse, em junho, que o ministro da Saúde faria um parecer para desobrigar o uso do equipamento de proteção individual para pessoas vacinadas ou que já foram infectadas pelo novo coronavírus.
Apesar de informar que a desobrigação está sendo estudada, o ministro da Saúde afirmou que a medida só será tomada quando houver “condições sanitárias seguras” para tal, sem indicar nenhuma data. Ainda nesta semana, disse que a desobrigação pode começar por lugares abertos.
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