Vacinação contra covid-19

Terceira dose começará por profissionais de saúde e idosos, diz Queiroga

Apesar de indicar como deve ser feita aplicação da terceira dose da vacina contra a covid-19, ministro da Saúde afirmou que ainda não há evidência científica sólida sobre o tema

Maria Eduarda Cardim
postado em 18/08/2021 15:39
 (crédito: Governo de Minas Gerais/Divulgação)
(crédito: Governo de Minas Gerais/Divulgação)

Em meio ao avanço da variante delta e, também, da vacinação contra a covid-19 no Brasil, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, informou nesta quarta-feira (18/8) que a terceira dose da vacina contra o novo coronavírus começará a ser aplicada nos grupos prioritários. Os primeiro na fila da dose de reforço são os profissionais de saúde e os idosos. 

"Como será essa terceira dose? A gente vai começar pelos grupos prioritários. Então, de novo os profissionais de saúde e os mais idosos. Nós sabemos que os indivíduos idosos têm o sistema imunológico mais comprometido, e, por isso, são mais vulneráveis", afirmou em entrevista coletiva sobre a distribuição de vacinas contra a covid-19.

Apesar de indicar quais grupos receberão a aplicação de uma possível terceira dose, Queiroga disse que ainda não há definição de quando ela será realizada. "Sabemos que já está em discussão a chamada terceira dose, um reforço. Ainda não há uma evidência científica sólida em relação a como deve ser essa terceira dose, se é do mesmo imunizante, se é de outro imunizante, qual é esse imunizante, qual o momento de se fazer isso", indicou. 

O Ministério da Saúde já realiza um estudo com 1,2 mil voluntários para avaliar a necessidade de uma terceira dose de vacina para quem tomou a CoronaVac. A pesquisa, feita com pessoas com mais de 18 anos que receberam as duas doses da CoronaVac há, pelo menos, seis meses, vai verificar a intercambialidade de vacinas. Ou seja, a aplicação de uma terceira dose da vacina da Pfizer, da AstraZeneca e da Janssen em pessoas que tomaram as duas doses da CoronaVac.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) também já aprovou, até o momento, três pedidos para realização de estudos clínicos considerando a administração de doses extras das vacinas. Dois deles da AstraZeneca e um da Pfizer.

"Estamos planejando para que, no momento que tivermos todos os dados científicos e o número de doses suficientes disponíveis, já orientar um reforço da vacina. Isso em relação a todos os imunizantes disponíveis. Para isso, nós precisamos de dados científicos, não vamos fazer isso baseado em opinião de especialista”, ressaltou Queiroga.  

Preparação

Na segunda-feira (16), a secretária extraordinária de enfrentamento à covid-19, Rosana Leite de Melo, afirmou que a pasta já quantifica quantas pessoas devem receber uma terceira dose da vacina. Segundo ela, é possível realizar o reforço de imunização ainda este ano.

"Já estamos tomando as decisões, a nível de gestão, como planejar e quantificar esses grupos que por ventura precisam (dessa terceira dose)”, afirmou em audiência pública da comissão temporária que discute a pandemia da covid-19 do Senado (CTCOVID-19). 

A secretária ressaltou que apesar de ainda não ter definido detalhes da aplicação de uma terceira dose, o Ministério da Saúde conseguiria realizá-la ainda este ano. “Se nós formos pensar em uma terceira dose, a gente está calculando trabalhar priorizando determinados grupos. Só que a gente não decidiu ainda se teremos ou não uma terceira dose, existem outras variáveis que são analisadas, mas nós conseguiríamos fazer esse ano, sim”, confirmou.

 

 

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