O filósofo José Arthur Giannotti morreu, aos 91 anos, nesta terça-feira (27/7), em São Paulo. Giannotti era um dos principais nomes da filosofia brasileira, sendo professor da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo (FFLCH-USP).
Com a linha de pesquisa voltada para a história da filosofia, o professor escreveu obras sobre os filósofos Karl Marx, Martin Heidegger e Ludwig Wittgenstein. Em O Jogo do Belo e do Feio, publicado em 2005 pela Companhia das Letras, também abordou temas da estética filosófica em relação às pinturas de artistas como Magritte e Morandi.
Foi doutorando em filosofia pela Universidade de São Paulo no ano de 1953 e conquistou o título de livre-docência, mais alto grau de titulação que um acadêmico pode chegar, pela universidade em 1960. Em 1998, ganhou a outorga de professor emérito da USP.
O Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), em que Giannotti foi pesquisador, lamentou a perda: “É com imensa tristeza que o Cebrap recebe a notícia do falecimento de um de seus fundadores, o prof. José Arthur Giannotti. Aos familiares e amigos que tiveram o privilégio de conviver com Giannotti, um dos maiores intelectuais brasileiros, nossas sinceras condolências”.
Na última quinta-feira (22/7), a filosofia brasileira perdeu outro grande nome. Roberto Romano morreu, aos 75 anos, por complicações da covid-19. Ele estava internado desde junho no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP para tratar a doença, mas sofreu falência múltipla dos órgãos e não resistiu.
Saiba Mais
*Estagiário sob supervisão de Lorena Pacheco