A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recebeu nesta segunda-feira (26/7) o pedido de autorização temporária de uso emergencial para a vacina contra covid-19 da empresa chinesa Sinopharm, representada no Brasil pela Blau Farmacêutica. O imunizante não está no rol daqueles que foram adquiridos pelo Ministério da Saúde para serem incorporados no Plano Nacional de Imunização (PNI), mas teve o uso emergencial aprovado na Organização Mundial da Saúde (OMS) em maio.
O órgão regulador irá fazer uma triagem do processo nas primeiras 24 horas, verificando se os documentos necessários para avaliação estão disponíveis. Se faltarem informações importantes, poderá solicitar dados adicionais ao laboratório.
Segundo a Anvisa, a vacina em questão é aplicada em duas doses, com um intervalo de três a quatro semanas. O imunizante é produzido a partir de um vírus inativado, sendo recomendado para pessoas acima de 18 anos de idade.
Não houve estudos clínicos realizados no Brasil, mas isso não impede que a vacina consiga autorização para uso emergencial ou registro na Anvisa. O imunizante teve pesquisas desenvolvidas, segundo a agência, em países como Argentina, Peru, Emirados Árabes, Egito e China.
A Anvisa tem 30 dias para analisar o processo, visto que não há estudo clínico da vacina no Brasil. Se houvesse desenvolvimento clínico do imunizante no país, o prazo seria de sete dias. O período em questão não considera o tempo em "status de exigência técnica, que é quando o laboratório precisa responder questões técnicas feitas pela agência dentro do processo", segundo a Anvisa.
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