GOVERNO

Pesquisa de opinião atrela Bolsonaro à lentidão do fluxo da vacina

Para 24,3% dos entrevistados, a culpa é de Bolsonaro, dos governadores e dos prefeitos. Já 5,6% acreditam atribuem o problema à atuação dos governadores

O fluxo de vacinação contra a covid-19 do Brasil é lento e Jair Bolsonaro é o principal responsável pela demora, de acordo com uma pesquisa de opinião realizada pela Confederação Nacional do Transporte (CNT/MDA), divulgada na última segunda-feira. Como os números do mês de julho mostraram, 49% dos entrevistados acreditam que a gestão do presidente da República é a principal razão para que a vacinação no país ande tão lentamente.

Para 24,3% dos entrevistados, a culpa é de Bolsonaro, dos governadores e dos prefeitos. Já 5,6% acreditam atribuem o problema à atuação dos governadores. Outros 1,4% acreditam que os prefeitos são os responsáveis pela vacinação lenta. E 1,9% acreditam que existam outros culpados, enquanto que 4,4% não sabem ou não responderam. Tem, ainda, um grupo de entrevistados pela sondagem, de 8,1%, que acreditam não ter havido demora na vacinação do país.

Para o epidemiologista da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Pedro Hallal, não existem dúvidas de que a culpa é do presidente. “Ele fez declarações questionando a segurança das vacinas, disse que ele próprio não se vacinaria, o governo liderado por ele ignorou mais de 100 e-mails da Pfizer, declarou publicamente que não compraria a CoronaVac e também ignorou as primeiras propostas da mesma”, explicou.

O índice de aprovação da gestão do governo federal no combate à pandemia está em decréscimo desde o mês de outubro de 2020, quando 57,1% dos entrevistados disseram aprovar a atuação de Bolsonaro. Mas, na pesquisa de julho passado, esse número caiu para a 39%. Em outubro do ano passado, a desaprovação registrou 39,1%, enquanto o novo levantamento mostrou 57,2% de reprovação da atuação do governo federal.

Sobre a atuação do Ministério da Saúde no combate à pandemia, 16,1% dos entrevistados responderam que é péssima; 14,2% declararam que a administração da crise sanitária é ruim; 33,4% afirmaram que a gestão é regular; 27,8% disseram que é boa; e 6,7% dos entrevistados acham, que a atuação do Ministério da Saúde é ótima.

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* Estagiária sob a supervisão de Fabio Grecchi