“Não há barreiras que impeçam um milagre”. Foi assim que a fotógrafa Michelle Oliveira definiu a chegada de Bernardo, filho caçula de Paula dos Santos Escudero, 32 anos, nascido no Rio de Janeiro, último domingo (4/7). Ele veio a luz mesmo após a mãe utilizar um dos métodos anticoncepcionais considerado mais seguro pelos médicos, o DIU (dispositivo intrauterino).
Segundos após o parto de Bernardo, o dispositivo de Paula foi expelido e usado para registrar a raridade do momento. A foto foi compartilhada pela fotógrafa no perfil do Instagram dela.
Ver essa foto no InstagramUma publicação compartilhada por Mi Oliveira | Photo and Movie (@mi_oliveira_photography)
Em entrevista à Revista Crescer, Paula afirma que também engravidou do primeiro filho, Gabriel, quando fazia uso de outro método contraceptivo, a pílula anticoncepcional, e resolveu usar o DIU para testar uma alternativa sem hormônios. Mais de três anos depois, descobriu estar grávida.
“O início da gestação foi angustiante por não saber se o DIU traria algum tipo de problema ou malformação para o meu filho. Mas logo após as consultas médicas, fiquei mais tranquila”, contou.
Bernardo é um bebê saudável que chegou na 36ª semana de gestação, com 3,715 kg e 49 centímetros. Paula afirma que os dois filhos eram desejados e “apenas anteciparam um pouquinho e vieram na hora que quiseram — mesmo com pílula e DIU”.
Segurando o DIU
Em 2020, um caso parecido ocorreu no Vietnã, quando um bebê nasceu segurando o DIU da mãe. Na época, o ginecologista do Hospital Anchieta de Brasília, José Gomes de Moura Neto, explicou ao Correio como a gravidez com o método contraceptivo pode ocorrer.
“A gente mede o tamanho do útero para o melhor posicionamento e segurança, mas o que ocorre é que, às vezes, o DIU pode se mover por diversos fatores, logo não pode impedir a fecundação com tanta eficácia ocasionando uma gravidez”, disse. “É fundamental frisar que nenhum método é 100% eficaz”, alertou.
Para evitar uma nova gestação, Paula já analisa novos métodos. “Meu marido pensou em vasectomia, mas vamos estudar mais sobre isso”, contou.